Que político não mente, não é mesmo? Aliás, que ser humano não mente? Uns mais, outros menos; uns contam mentiras bobas, outros contam mentiras sérias. Segundo um estudo britânico, conforme o site G1, em média, uma pessoa conta 3 mentiras durante uma simples conversa de 10 minutos. Há estudos que garantem que mentimos cerca de 200 vezes por dia. Não sei dizer por quê, mas, juro, esses dados não vão ao encontro das minhas prosas – ou eu estaria, agora, apenas corroborando com os números, hehe?

Lula da Silva, a quem carinhosamente chamo “ex-tudo” (ex-condenado, ex-presidiário, ex-corrupto e ex-lavador de dinheiro), é um mentiroso contumaz: “foi no meu governo que criamos a lei contra a lavagem de dinheiro” (foi o de FHC), “foi no meu governo que criamos o COAF” (foi no de FHC), “quando fui presidente, 90% das categorias recebiam aumento acima da inflação” (foram 18%). E confesso: “certa vez eu disse em Paris, que no Brasil havia 25 milhões de crianças passando fome nas ruas” (e riu de si mesmo). Sem falar na maior de suas mentiras: “não há alma mais honesta do que eu neste país”.

Durante a campanha, ano passado, o pai do Ronaldinho dos Negócios garantiu que não iria indicar o amigo e advogado, Cristiano Zanin, para o STF. Mentiu, como sabemos. E agora, outra promessa caminha para não ser cumprida: “nesses dias eu fui a Hiroshima, encontrei com o presidente Biden e perguntei se era verdade que ele iria concorrer. Ele falou ‘vou’. Eu falei, isso é um estímulo, eu sou mais novo do que ele”. Tá aí aquele que afirmou, meses atrás, que iria “fazer um governo de transição e passar o bastão para gente mais nova”.

Em 1883, o italiano Carlo Collodi criou uma das mais famosas personagens da literatura e do cinema infantis, o boneco Pinóquio. Não sei se a humanidade, no século XIX, era mais ou menos mentirosa que a atual, do século XXI. Tampouco sei se os políticos de outrora mentiam tanto quanto os de hoje. Mas uma coisa eu sei: para o líder do mensalão passar por Pinóquio, só falta o nariz e ser de madeira.