‘As luzes se apagaram e eu não lembro mais nada’, diz comissária de voo da Chapecoense

Os dois membros da tripulação que sobreviveram à queda de um avião na Colômbia deram declarações à imprensa e narraram os minutos de terror que antecederam o impacto. A aeronave transportava a delegação da Chapecoense, que iria disputar a final da Copa Sul-Americana nesta quarta-feira, quando caiu na montanha El Gordo, localizada no município de La Unión.

“As luzes se apagaram e não lembro mais de nada”, disse a aeromoça Ximena Suárez ao ser resgatada, segundo informações da agência de notícias EFE. Ximena falava a uma secretária de governo do departamento de Antioquia, onde aconteceu o acidente.

O comissário de vôo Erwin Tumiri, que também sobreviveu ao acidente, está fora de perigo e já deu declarações a jornalistas na Colômbia. “Sobrevivi porque segui os protocolos de segurança. Diante da situação, muitos se levantaram de seus lugares e começaram a gritar”, disse o comissário, segundo a EFE. “Coloquei as malas entre minhas pernas para formar a posição fetal recomendada nesses casos de acidentes.”

O avião da companhia venezuelana LaMia tinha 77 pessoas a bordo quando decolou de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Por volta das 22h de segunda-feira no horário local, a aeronave se aproximava do Aeroporto Internacional José María Córdova, em Medellín, e informou uma “pane elétrica” às autoridades de aviação colombianas.

Além de Ximena e Tumiri também sobreviveram ao acidente os jogadores Alan Ruschel, Jackson Follmann, e Hélio Neto, e o jornalista Rafael Henzel, que foram internados em diferentes hospitais próximos de Medellín.