É incrível como no Brasil os desastres se repetem sem que nem a sociedade nem as autoridades aprendam alguma coisa com eles. É assim com as enchentes que todo verão, especialmente em março, castigam as grandes cidades. A última a sofrer com as chuvas volumosas foi São Paulo e os municípios ao seu redor. O temporal que atingiu as regiões entre as noites do domingo 10 e a manhã da segunda 11 deixou 13 mortos e centenas de desabrigados. Além do caos no trânsito, claro. A confusão foi tanta que o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, decretou estado de emergência. Antes, Rio de Janeiro e Recife ficaram sob as águas, registrando vários prejuízos. No Rio de Janeiro, foram ao menos seis óbitos. Em Recife, em doze horas choveu o que choveria em 15 dias. Em todos os lugares, quando a água baixou, o que se via era o cenário de sempre nessas situações: um amontoado de lixo jogado pela população. Soma-se a isso a falta de limpeza dos bueiros, outro problema crônico no País. É verdade que os fenômenos climáticos estão mais extremos, mas sem a educação de indivíduos e governos, o Brasil continuará afundando sob as lamas de março.

EXÉRCITO
O robô e a namorada

Ministerio da Defesa

Chama-se Max o robô que responde ao público questões que se queiram saber por meio da página do Exército Brasileiro no Facebook. O Max robô homenageia o sargento Max Wolf Filho, que integrou a FEB. O que se estranha são algumas respostas para as quais o Max máquina foi programado. Pergunte:
— Como devo fazer para conseguir uma namorada?
O robô responderá:
— Vista a farda do Exército.
Qual a importância dessa questão para o País? Nenhuma, claro.

Internacional
Pede para sair, May

LONDRES Manifestantes contrários ao Brexit assistiram, na terça-feira 12, a mais uma derrota da primeira-ministra Theresa May no Parlamento. Ela está cada vez mais frágil politicamente

A quinta-feira 14 foi um bom dia para a primeira-ministra Theresa May, mas isso não significa que tenha sido igualmente bom para o Reino Unido. Na terceira reunião em uma semana, o Parlamento inglês aprovou a moção que pedia o adiamento do prazo da saída do país da União Europeia, marcado para vencer no próximo dia 29, e a nova data passou a ser a de 30 de junho — é justamente isso o que May queria. Mas o adiamento não quer dizer que a confusão do Brexit foi resolvida. Para ficar valendo mesmo o dia 30 como data do divórcio é preciso a chancela dos 27 países do bloco europeu, e eles já avisaram que não permitirão prorrogações. May vinha de duas derrotas nos últimos dias. A primeira: sua proposta de acordo para a saída foi rejeitada pelo Parlamento. A segunda perda: a possibilidade de sair sem um acordo, trunfo da primeira-ministra para tentar forçar sua proposta, foi rejeitada na quarta-feira 13. Um ponto, no entanto, é certo. A premiê está sozinha e, hoje, representa mais um entrave do que uma solução para o impasse que paralisa a Inglaterra desde o começo do ano. Ela não conta com o apoio de todos os membros de seu partido. A ala mais à direita, conservadora, deixa público que não a apoia. Nessa situação de extrema fragilidade política da primeira-ministra, fica muito difícil para a Grã-Bretanha obter sucesso na intenção de adiar sua separação da União Europeia. Certamente o imbróglio se resolveria se Theresa May tivesse mais carisma, mais aceitação e menos teimosia.

ANIVERSÁRIO
Cheguei aos 60

A mais famosa boneca de todos os tempos tornou-se sexagenária no sábado 9. O nome: Barbie. Alguns de
seus momentos:
> Foi lançada em 1959 (foto acima) numa feira de brinquedos em Nova York, por Ruth e Eliott Handler, um dos donos da empresa Mattel.
> Barbie desembarcou no Brasil em 1982, fabricada pela Estrela. Foi capa da extinta revista “Manchete”.
> Três anos depois ganhava roupas desenhadas por estilistas como Ralph Lauren.
> Acusada de reafirmar o estilo de vida burguês de garotas e adolescentes “patricinhas”, veio em 2009 a versão preta da boneca (abaixo), num apelo contra o preconceito racial.
> Em 2016 a Mattel lançou a Barbie candidata à presidência dos EUA. Não apoiava partidos, mas incentivava a ascensão da mulher na política.

DIPLOMACIA
Alcântara para Os EUA e o Brasil

Brasil e EUA, após duas décadas de negociações, colocaram um ponto final no Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) que abre no Maranhão a base de Alcântara para uso comercial com lançamentos de satélites, mísseis e foguetes. O AST deverá ser assinado na visita de Jair Bolsonaro a Donald Trump, na semana que vem. O tratado preserva a propriedade intelectual da tecnologia americana na esfera espacial. Em contrapartida, o governo brasileiro deverá ser informado antecipadamente sobre todos os lançamentos que ocorram na base.

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