A greve de caminhoneiros, que nesta segunda-feira (28) entra em seu oitavo dia, parece estar deixando o campo da economia e adentrando a esfera política, com diversos grupos se aproveitando para difundir fake news pelas redes sociais e pelo WhatsApp.

Veja algumas que estão sendo compartilhadas:

Reprodução/Redes Sociais

> O corte da energia elétrica

No último fim de semana, circulavam na Internet e em aplicativos de mensagem vídeos com informações falsas de que o governo cortaria energia elétrica de todo o País se a greve não chegasse ao fim.

> Bloqueio do WhatsApp

Também eram compartilhadas mensagens sobre uma suposta atualização do aplicativo WhatsApp, que ‘bloquearia imediatamente’ seu uso, dificultando a comunicação entre os caminhoneiros em greve.

> ‘Quebra-pau’ na Câmara e estado de sítio

Outra corrente falava de uma grande confusão na Câmara dos Deputados, com direito a parlamentares saindo no braço.

O presidente Michel Temer teria, ainda, decretado estado de sítio, mas a TV não estaria cobrindo o assunto “propositalmente”.

> A renúncia de Temer

Uma notícia que dizia que o presidente estaria prestes a renunciar ao cargo devido à crise também causou muito alvoroço. O site Aos Fatos, que checa publicações enganosas nas redes sociais, entrou em contato com a Secretaria de Imprensa da Presidência da República, que desmentiu o boato: “a informação é absurda, carece de qualquer fundamento”.

> Intervenção Militar

Nenhuma outra corrente, no entanto, foi tão difundida por grupos de Whatsapp, do que uma com mensagens que alertam sobre a iminência de uma suposta tomada do poder pelas Forças Armadas e que tiram de contexto ou inventam falas de autoridades como o próprio comandante do Exército, o General Eduardo Villas Boas.

Algumas dão, inclusive, “dados detalhados” sobre operações secretas do Exército para derrubar o atual governo, sem citar fontes, e também afirmam que a Constituição Federal prevê “prazo de 7 dias e 6 horas de paralisação para que o Exército assuma o poder”.

Segundo informações do Estadão, a grande preocupação das Forças Armadas com o compartilhamento desses boatos é que a população acabe acreditando que os militares, de fato, estejam se articulando com essa finalidade.