Eu nunca fui aquela criança ou adolescente que sonhava loucamente em ser mãe, apesar de dizer, desde pequena, que seria mãe de 4. O fato é que a ideia de ser mãe sempre passou por mim com muita leveza e naturalidade.

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Engravidei no mês seguinte ao que parei de tomar pílula, joguei capoeira até uma semana antes de a Sofia nascer, tive um parto normal, daqueles radicais, quase pari no carro (um dia eu conto essa história). Sofia pegou meu peito e saiu mamando logo no primeiro instante. Tudo não só parecia, como estava realmente sendo muito tranquilo.

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Fomos pra casa menos de 24h depois do parto, e quando entrei em casa fiz um tour com ela mostrando e explicando cada cantinho. A sala onde recebemos os amigos, o banheiro onde ela iria tomar banhos deliciosos, a cozinha, onde se faz a comidinha, que logo logo ela iria começar a comer, e finalmente o quartinho dela, com seu bercinho, onde ela iria dormir a noite toda. Sim, ela dormiu a noite todinha naquele dia e nunca me deu trabalho pra dormir. 

Era incrível como em tão pouco tempo eu me sentia tão à vontade no papel de mãe, nada me assustava. Minha mãe logo nos primeiros dias me disse: “Nossa, filha, você parece mãe de terceiro filho, quanta tranquilidade”.

Amei esse comentário, foi como se ela reforçasse um sentimento que transbordava em mim: era confortável ser mãe, apesar de estar exausta. Até hoje me sinto assim. É claro que tem momentos difíceis, sem dúvida é muito cansativo e com certeza é uma experiência transformadora, mas as descobertas e aprendizados superam todo o desgaste.

Um mês depois de ela completar 2 anos, chegou o Antonio, e a exaustão de ser mãe de 2 pequenos se confirmou logo nos primeiros dias. Com o tempo eles foram crescendo, passamos por momentos bem difíceis: minha separação, meu trabalho intenso, meu acidente em 2018… Hoje posso dizer que mais que filhos eles são meus maiores parceiros de vida.

Trocamos, conversamos, nos cuidamos, nos acolhemos e nos respeitamos mutuamente. Hoje não somos só nós 3, viramos 6. Casei novamente e no pacote vieram mais 2 filhos. Ser madrasta, sim, me assustou e me deixou bastante desconfortável no início, mas aos poucos fomos nos adaptando e nos confortando nesse novo papel. Hoje posso dizer que sou mãe de 4, com todo respeito e admiração à mãe dos meus 2 enteados.  

Neste mês a Sofia completa 16 anos. Vejo como o tempo passou e nossa conexão só aumenta. Olho pra ela com os mesmos olhos de quem quer conhecê-la, de quem espera aprender com ela, um olhar de respeito e cumplicidade. 

Acredito que esse jeito leve e simples de maternidade me deu a oportunidade de conhecer meus filhos de verdade, na essência de cada um, seus sonhos, medos e desejos. Ser mãe sem dúvida nenhuma é uma das coisas que mais amo na vida.

E talvez seja por isso que gosto tanto de ajudar outras mães a encontrar essa leveza na relação com os filhos. Não só estudo e foco meu trabalho nisso como vivencio isso todos os dias na minha casa. É um prazer e uma honra ser mãe dos meus filhos.

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