Expulsar migrantes, fomentar a indústria petrolífera e as criptomoedas são algumas das medidas prometidas pelo candidato republicano Donald Trump canso vença as eleições presidenciais nos Estados Unidos.

Expulsão de migrantes

Em seu primeiro dia de mandato, Trump promete realizar “a maior operação de expulsão interna” da história porque considera que os migrantes “envenenam o sangue” do país.

“Vamos mandá-los de volta o mais rápido possível”, diz ele em seus comícios.

Conhecido por seu projeto de muro na fronteira com o México, o republicano não descarta “usar o exército” e abrir novos campos de detenção para realizar estas expulsões.

Também planeja negar aos filhos “de migrantes irregulares” o direito à terra, o que concede cidadania às pessoas nascidas nos Estados Unidos, e ameaça “restabelecer” seu controverso decreto de migração contra países muçulmanos.

Viva o petróleo

Trump rejeitou o Acordo de Paris durante seu primeiro mandato (2017-21).

Se for eleito novamente, promete “acabar rapidamente com a grande fraude verde”, ou seja, as centenas de bilhões de dólares atribuídos ao clima pela administração do democrata Joe Biden.

“Vamos perfurar (em busca de petróleo) como loucos!”, promete a seus seguidores.

Segundo ele, isso permitirá que os preços da energia “caiam muito rapidamente” e que “em muitos casos”, os custos da energia elétrica serão reduzidos “à metade”.

 

– Tarifas e criptomoedas –

No âmbito econômico, o bilionário considera impor tarifas alfandegárias de “mais de 10%” sobre todas as importações.

Com estas receitas, quer financiar “um grande corte de impostos para a classe média, a classe alta, a classe baixa e a classe empresarial”.

Trump também prometeu transformar os EUA na “capital mundial do bitcoin e das criptomoedas”, confiando ao bilionário Elon Musk a responsabilidade por uma grande auditoria da administração americana.

O ex-presidente, que travou uma amarga guerra comercial com a China durante o seu primeiro mandato, também planeja revogar a cláusula da “nação mais favorecida” concedida a Pequim para expandir o comércio bilateral.

 

– Direito ao aborto –

O republicano afirma ser o arquiteto da anulação do direito federal ao aborto, decidida em junho de 2022 pela Suprema Corte. Mas é muito mais ambíguo quando aborda o futuro das interrupções voluntárias da gravidez no país.

A direita religiosa gostaria que Trump prometesse a proibição do aborto em todo o país através de uma lei federal, mas ele sabe que esta medida é profundamente impopular e se abstém do assunto.

No entanto, recomenda que todos atuem de acordo com “sua consciência” e lembra nos comícios que não se deve esquecer “que também temos que ganhar eleições”.

“A minha administração será excelente para as mulheres e para os seus direitos reprodutivos”, afirma.

 

– Guerra na Ucrânia –

Trump garante que resolveria a guerra na Ucrânia “em 24 horas” caso fosse eleito, sem dizer como.

“Tenho um plano muito preciso para deter a Ucrânia e a Rússia. E tenho uma certa ideia – talvez não um plano, mas uma ideia – para a China”, declarou durante uma entrevista, sem fornecer detalhes.

“Não posso te dar esses planos, porque se eu der para você não poderei usá-los, serão muito infrutíferos. Parte disso é a surpresa, ok?”, acrescentou.

O republicano emergiu como defensor absoluto de Israel durante a eclosão da guerra com o movimento islamista palestino Hamas. Mas desde então tem sido bastante vago sobre a incondicionalidade deste apoio, dizendo que não está “exatamente seguro” de que aprova a forma como Israel está conduzindo a ofensiva em Gaza.

 

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