A pandemia da Covid-19 exigiu dos municípios ações rápidas e emergenciais em diversas áreas. Ao mesmo tempo em que os primeiros casos foram registrados, tivemos de realizar uma série de investimentos na Saúde para garantir atendimento à população. Todos os esforços se concentraram na expansão de leitos, abertura de UTIs, no aprimoramento das unidades de saúde e no abastecimento destas unidades com os insumos e equipamentos necessários. Foram meses de muita apreensão, preocupação e trabalho. Liderados pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), gestores e gestoras das grandes cidades brasileiras se mobilizaram para encontrar as melhores soluções ao o enfrentamento da pandemia, com base em experiências internacionais. Foram realizados 20 encontros virtuais com governantes de cidades de todos os continentes, e reuniões com a Organização Mundial de Saúde, momentos fundamentais para a troca de experiências e compartilhamento de boas iniciativas.

Enquanto seguíamos focados em salvar vidas, acompanhávamos de perto a busca pelo desenvolvimento das vacinas. Ao passo em que eram testadas e aprovadas em outros países, mais uma vez, prefeitos e prefeitas entraram em ação. Reunidos, agimos rapidamente para adquirir imunizantes pelos entes subnacionais. Constituímos, a partir da FNP, o Consórcio Conectar.

Mais de dois mil municípios, congregados, instituíram o maior consórcio de saúde do país. E o que começou para aquisição de vacinas, conquistou doação internacional de dois milhões de imunizantes dos Estados Unidos e mais de R$ 4,2 milhões em recursos da iniciativa privada no Brasil. Valores que estão sendo utilizados para a compra de insumos de saúde para cidades. Além disso, com ganho de escala, a primeira ata de preços do Consórcio ofereceu economia de 40% em agulhas, máscaras, luvas e aventais descartáveis.

Os esforços locais não foram apenas na Saúde. A crise econômica e o desemprego demandaram ainda mais da Assistência Social. Na Educação, os desafios continuam sendo enormes para reduzir a evasão escolar, reforçar a aprendizagem e garantir qualidade de ensino.

A tecnologia passou a ser usada a favor da população, em diversos setores. Na Saúde, ferramentas foram incorporadas para assegurar um atendimento célere e eficaz aos cidadãos. Acompanhamos as descobertas na Medicina para os avanços em tratamentos, e, no tocante às tecnologias digitais, vimos sistemas de informações e análises de dados ganharem vida para o acompanhamento evolutivo do vírus. Também na Educação, testemunhamos as mudanças para levar ensino de qualidade às casas de milhares de alunos, com a aquisição de equipamentos de ponta para munir professores. Vimos o mundo corporativo adotar novas formas de trabalho. Presenciamos grandes mudanças que aconteceriam de forma gradual, mas que, diante da urgência do cenário, foram implementadas em diversas áreas, deixando ganhos positivos à população.

Agora, com grande parte da população brasileira imunizada, começamos a enxergar uma luz no fim do túnel. Evidentemente que continuarão sendo necessárias ações locais e coletivas para retomada do desenvolvimento, da geração de emprego e renda e, sobretudo, para a construção de um Brasil socialmente mais justo. Mas estamos preparados para lutar pela melhoria do país, atendendo às demandas da população e dando voz e vez aos municípios.