“SOLTASBRUXA” é o primeiro disco da banda francisco, el hombre (assim mesmo, sem capitulares), baseada em Campinas, interior paulista e formado por dois mexicanos (os irmãos Sebastián e Mateo Piracés-Ugarte) e três brasileiros (Andrei Kozyreff, Juliana Strassacapa e Rafael Gomes). O grupo construiu para o disco um repertório que expressa uma visão perspicaz do momento político e social que o Brasil atravessa. “Decidimos encarar o agora. E política faz parte de quem somos”, diz o baterista Sebastián. Um exemplo é “Calor da Rua”, faixa que expõe como a violência doméstica (nem sempre física) está enraizada na cultura do País. Em “Triste, louca ou má”, a ideia é desconstruir o “papel” feminino na sociedade. “Numa banda formada por quatro homens e uma mulher, se faz necessário trazer ao nosso cotidiano discussões sobre o machismo e a violência de gênero. É a hora de tirar vendas e mordaças”, comenta Juliana, vocalista e percussionista. Uma das canções recebeu o nome de “Bolso Nada”. Incisiva e espirituosa, a banda joga purpurina em cima do conservadorismo na política e no cotidiano. Com produção de Zé Nigro, o disco traz participações especiais de Liniker e do o grupo Apanhador Só, na satírica “Tá com dólar, tá com Deus”. Para quem quiser conhecer francisco, el hombre (FEH) ao vivo, é bom reservar o ingresso desde já para a Festa Tropicalientxs, que ocupa o Cine Joia, na Liberdade, em São Paulo, dia 4 de fevereiro, sábado, a partir das 22h. Os ingressos estão à venda no site Livepass. Enquanto a festa não chega, ouça o FEH soltando as bruxas na playlist Sons da Semana.