Arte e ciência estão rompidas há dois milênios. Unir as duas é a proposta da primeira Bienal de Arte Digital. O resultado se materializa em instalações híbridas. São 20 artistas que expõem reflexões e perplexidades sobre o tema sob a forma de exposições, performances e um simpósio teórico. “Arte digital não é apenas a gerada pela informática”, afirma o organizador do evento, o artista e teórico Tadeus Mucelli. “Ela busca superar pela inovação os padrões tradicionais da arte. Selecionamos biocriadores que usam ferramentas científicas de maneira utópica, crítica e perturbadora, como deve ser a arte. Assim acenam com novos mundos.” Um exemplo é a instalação “Caravel”, de Ivan Henriques, artista carioca radicado na Holanda. Em colaboração com a Faculdade de Bioengenharia da Universidade de Ghent na Bélgica, ele construiu um “robô ambiental” sustentável movido a energia produzida pelo metabolismo de bactérias. “Quero que as pessoas voltem a sonhar com uma tecnologia que não destrua a natureza, mas lhe faça bem”, diz Henriques. Oi Futuro, no Rio de Janeiro, entre 5/2 e 18/3. Conjunto Moderno da Pampulha, em Belo Horizonte, entre 26/3 e 29/4.