Rio – A retomada do Canecão, discutida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pela Prefeitura do Riona última quarta-feira, dia 6, traz de volta uma das maiores casas de espetáculos da cidade. Em seu palco, cantores como Maysa, Tom Jobim e Roberto Carlos embalaram o público com grandes músicas. Cariocas e artistas que já se apresentaram no local se animam com a reabertura do espaço e recordam grandes momentos.
O prefeito Marcelo Crivella apoiou a parceria com a UFRJ, e acredita que a iniciativa vai ser benéfica tanto para a instituição quanto para o Rio de Janeiro. “Esse projeto é maravilhoso, porque não só vai revitalizar nossa cidade, mas também criar viabilidade econômica, através da UFRJ, que tem contribuições fantásticas e históricas para o Rio. Teremos a oportunidade de trazer de volta o Canecão. A casa de espetáculos que tantas alegrias trouxe aos cariocas e turistas, com grandes nomes da nossa arte e da música, vai voltar a existir. Também vão se criar áreas comerciais, gerando muitos empregos”, afirmou.  
Há mais de 30 anos, o cantor Elymar Santos fez sua fama na casa. Ainda desconhecido, decidiu penhorar um apartamento e um carro para realizar seu sonho: alugar o Canecão para um espetáculo. Elymar gastou o equivalente, hoje, a 200 mil reais e realizou um espetáculo memorável que fez sua carreira profissional deslanchar.
“O Canecão era o ponto de referência de todo artista. Todos os grandes nomes da época tinham que passar por seu palco”, explica o taxista Jorge Martins, de 54 anos, que já acompanhou shows de Lobão e Elymar Santos, e gostaria de revisitar o local depois de reaberto. “Vai fazer muito bem pra região, que agora é uma casa fantasma. Aquele espaço não merece isso pelo que representa para a cultura carioca”, contou. 
Dois anos antes de fechas as portas, o espaço marcou a carreira de Jorge Vercilo, que gravou seu primeiro DVD ao vivo no palco da casa de show. “O Canecão foi um importante palco da música popular brasileira e internacional. Faz parte da história do Rio e, como todo livro, quando perde uma página, faz sempre muita falta”, concluiu.