Uma performance do artista plástico russo Fyodor Pavlov-Andreevich, de 42 anos, chamou a atenção de quem passava pela esquina das ruas Augusta e Oscar Freire, nos Jardins, em São Paulo, na segunda-feira (15). O artista estava nu sentado sobre um amontoado de pedras, em um ato contra a chamada “arquitetura hostil” que impede moradores de rua de ocuparem espaços públicos na capital. As informações são do G1.

A jornalista Renata Perobelli, que passava pelo local, fez um vídeo da performance e compartilhou nas redes sociais.

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De acordo com a Polícia Militar, uma equipe da corporação esteve no local e conversou com o artista, que colocou uma bermuda preta para conversar com os agentes. “Os policiais militares foram ao local e orientarem pacificamente o homem a se recompor. Ele atendeu a solicitação dos policiais e se recompôs”. Após a saída dos militares, a performance continuou.

O padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo, também esteve no local a convite do artista. “Ele é russo e esteve visitando a minha paróquia e participou de ações comigo e com os moradores de rua. Me contou que queria fazer essa ação contra a arquitetura hostil da Prefeitura com essas pessoas e que eu fosse lá apoiar”, contou o padre ao G1.

Pedras em viaduto

No início deste mês, a Prefeitura de São Paulo colocou pedras embaixo do viaduto Dom Luciano Mendes de Almeida, que fica na zona leste de São Paulo, no bairro do Tatuapé. Indignado com ação que visou afugentar pessoas em situação de vulneralibilidade de permanecerem no local, o padre Julio Lancellotti usou uma marreta para tirar os pedregulhos à força.

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Com a repercussão negativa após a instalação das pedras, a Prefeitura mandou funcionários para desfazer o serviço. Em nota ao G1, a Prefeitura informou que “a colocação de pedras nos viadutos foi uma ação isolada” e que abriu uma sindicância para apurar o caso.


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