Em Egon Schiele – Morte e a Donzela, o atrevido pintor vienense do começo do século 20 ganha uma cinebiografia um tanto convencional, dirigida por Dieter Berner. Schiele (Noah Saavedra) é um pintor de talento que, no início de carreira, recebe um empurrão providencial do já consagrado Klimt. Este compra seus esboços e ainda lhe empresta a amante e modelo, a estonteante Wally (Valerie Pachner).

Vive-se na Viena dos anos de ouro, na qual convivia a nata dos artistas e intelectuais europeus, de Freud a Schnitzler, de Schoenberg a Hofmannsthal. Mas o encanto da belle époque será quebrado pelo começo da 1.ª Guerra Mundial. Nesse ambiente, Schiele gosta de pintar mulheres e garotinhas, o que lhe trará problemas com a polícia.

O filme é um longo flashback em que Schiele, em seu leito de morte, recorda sua (breve) vida atribulada. Morreu de gripe espanhola, aos 28 anos, junto com a esposa Elizabeth. O filme toma o nome de sua obra famosa, A Morte e a Donzela, cujo modelo foi sua amada Wally. Falta a ele a ousadia que sobrava ao personagem retratado.

Egon Schiele – Morte e a Donzela

(Áus.Lux./2016, 109 min.)Dir. de Dieter Berner. Com Noah Saavedra

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.