Um famoso artista chinês e a marca de roupas esportivas Arc’teryx serão responsabilizados pelos danos causados por um espetáculo pirotécnico em 300 mil metros quadrados de pradarias protegidas do Himalaia tibetano, anunciaram as autoridades locais.
Vários funcionários locais, incluindo o secretário do Partido Comunista Chinês para a região, foram destituídos, enquanto outros responsáveis estão sendo investigados, segundo a mesma fonte.
O artista e a Arc’teryx deverão pagar pelos danos causados ao meio ambiente, cujo custo ainda precisa ser avaliado, destacaram os investigadores.
O estudo dirigido pelo renomado artista visual Cai Guoqiang lançou 1.050 fogos de artifício em uma cordilheira tibetana no mês passado para criar um espetáculo com formas de dragões.
As nuvens de fumaça laranja permaneceram no ar até uma altura de 5.020 metros acima do nível do mar no condado de Gyantse, na região autônoma ocidental.
O espetáculo durou 52 segundos e foi intitulado como “Dragão Ascendente”, afirmaram os investigadores em um comunicado divulgado pela emissora estatal chinesa CCTV.
A apresentação foi patrocinada pela marca Arc’teryx, de capital chinês, mas com sede no Canadá, especializada em roupas para atividade ao ar livre, e provocou uma reação muito negativa nas redes sociais chinesas, onde foi acusada de ignorância ambiental.
Cai, o cérebro por trás do espetáculo pirotécnico da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, pediu desculpas posteriormente pelos danos causados.
Ele afirmou que “de fato houve muitos erros de cálculo” e aceitou as críticas.
Arc’teryx também pediu desculpas.
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