O músico e produtor musical brasileiro Hebert Neri, de 35 anos, tem mais de 150 trilhas sonoras lançadas na carreira e encontrou mais do que sucesso em Portugal, onde mora há 4 anos.

“Fiz muitos trabalhos no Brasil, acompanhei muita gente na estrada, rodei o país inteiro. Mas foi aqui que me encontrei profissionalmente”, disse o artista a Isto É sobre a turnê “Hebert Neri e Amigos”, inserida no circuito Fnac de cultura, que está acontecendo nas principais unidades da rede em Portugal este ano.

Nas redes sociais, Neri, que também jornalista e intérprete de estilos como MPB, coleciona registros de encontros com grandes nomes da música e das artes do Brasil em terra lusitanas, compatriotas famosos como Diogo Nogueira, Ed Motta e Tatá Werneck.

“Acredito que muitos artistas brasileiros já tomaram ou ainda vão tomar a decisão de viver aqui, principalmente por enxergarem em Portugal uma oportunidade de encontrar qualidade de vida, segurança e estabilidade política. Além disso, os portugueses acolhem bem os artistas brasileiros: amam nossa música, apreciam nossa arte e assistem há mais de 30 anos nossas novelas”, opina ele, que segue na estrada durante 2022 com shows em outros países da Europa, como Espanha, França e Inglaterra.

“Shows (que são chamados de concertos em Portugal) de grandes nomes da nossa cultura com carreiras consolidadas no Brasil, como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Roberto Carlos e Ivan Lins, são bastante apreciados aqui, muitos com ingressos esgotados em questão de horas. Mas o mesmo se aplica também à nova geração de artistas, como Vitor Kley, Lagum e Anavitoria. Ou seja: há espaço para todos”, lista ele.

 

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Estabilidade política

Sobre voltar a morar no Brasil, ele é direto e explica sua preferência pela “nova pátria”. “Amo o meu país, sou orgulhosamente brasileiro, mas não tenho planos de voltar a viver no Brasil. Contudo, tenho muita vontade de realizar projetos no meu país. Certamente quero ir ao Brasil muitas vezes nos próximos anos para rever amigos e trabalhar com aquilo que eu amo, mas fixei minhas raízes em Portugal, que é o lugar que hoje chamo de casa. Aprendi a amar o povo português e hoje me sinto mais do que acolhido. Em Portugal tenho um estilo de vida muito mais tranquilo do que o que eu tinha no meu país e aqui posso desfrutar dessa segurança e estabilidade política e social, que infelizmente têm se tornado algo cada vez mais raro no Brasil”, pontua ele, que pretende lançar o seu novo EP autoral “Songs from the bunker” ainda este ano.


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