O relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), disse nesta quarta-feira, 13, que, se houver risco de a proposta não ser aprovada no plenário da Câmara dos Deputados, o mais viável é adiar a votação para 2018. Mesmo assim, ele reiterou que as discussões serão iniciadas nesta quinta-feira pela manhã, um compromisso que “está assegurado”. O deputado, porém, não foi assertivo sobre se ainda é possível votar a reforma neste ano e respondeu apenas com um “talvez”.

“Ajustei nesta quarta os termos finais para a emenda aglutinativa que será lida amanhã no plenário. Amanhã (quinta) pela manhã vamos iniciar o debate na reforma da Previdência”, afirmou Oliveira Maia. “Se tivermos condição de votar (este ano), votaremos. Se não, ficará para o ano que vem”, disse. Para ele, é preciso colocar a proposta em votação para ser aprovada, sem risco de derrota.

O relator assegurou que há diálogo constante com o presidente Michel Temer para definir a data de votação da proposta e negou que as declarações do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), possam prejudicar as negociações em busca do apoio à proposta. Nesta quarta mais cedo, Jucá disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, haver um acerto para votar a reforma só no ano que vem.

“Os senadores falarão a seu tempo, quando a reforma estiver no Senado”, disse Oliveira Maia. O deputado ressaltou que o líder do governo tem se empenhado na busca por apoio à reforma.

Segundo o relator, o número de votos que o governo tem hoje já está “em torno” dos 308 votos necessários para a aprovação. Ele acredita que o avanço da discussão vai trazer “muitos aliados” para a proposta. Para iniciar os debates, é preciso ter quórum de 51 deputados no plenário, menos do que o quórum qualificado de votação.

Oliveira Maia disse ainda que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), saberá como agir após a votação do Orçamento de 2018, prevista para esta quarta. Há o temor no governo de que a conclusão da apreciação da peça orçamentária provoque uma debandada dos parlamentares, esvaziando a Casa na semana que vem, que é oficialmente a última do ano legislativo.

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