ROMA, 22 JUL (ANSA) – Por Marzia Apice – Genialidade criativa aliada ao rigor técnico, à provocação e ao respeito pelos grandes nomes da arte ? Diego Velázquez, Johannes Vermeer e Rafael Sanzio acima de tudo, mas também o contemporâneo Pablo Picasso ?, originalidade e referência. Isso tudo e muito mais pode ser visto na personalidade artística multifacetada, controversa e visionária de Salvador Dalí, o célebre artista catalão que será tema de uma grande retrospectiva em Roma, capital da Itália, em outubro.
A mostra “Dalí. Revolução e Tradição”, com abertura marcada para o dia 17 de outubro no Palazzo Cipolla, sede de exposições do Museo del Corso, é organizada pela Fundação Roma, em colaboração com a Fundação Gala-Salvador Dalí, e conta com o apoio organizacional da MondoMostre e o patrocínio da Embaixada da Espanha.
Em exibição até 1º de fevereiro de 2026, sob a direção científica de Montse Aguer, diretora dos Museus Dalí, e com curadoria de Carme Ruiz González e Lucia Moni, a retrospectiva será aberta para coincidir com o centenário da primeira exposição individual do artista espanhol.
A mostra apresenta mais de 60 obras, entre pinturas e desenhos, acompanhadas de documentos fotográficos e audiovisuais que permitirão ao público compreender plenamente a trajetória artística de Dalí, sua adesão ao surrealismo e a criação de uma linguagem completamente original, destacando também seu interesse por ciência, literatura, filosofia e cinema.
Mas, como é óbvio, o foco será a arte: dividida em quatro seções, a exposição concentra-se nos quatro artistas que mais influenciaram e moldaram a pesquisa de Dalí.
A partir da década de 1930, o artista declarou explicitamente seu desejo de “tornar-se um clássico”, citando Velázquez, Vermeer e Rafael como seus modelos supremos.
A esses três mestres juntou-se também o ilustre contemporâneo Pablo Picasso, que Dalí conheceu em Paris em 1926 e com quem desenvolveu uma relação de estima, rivalidade e intenso intercâmbio intelectual. (ANSA).