Depois da derrota por 1 a 0 em Portugal, o Arsenal vai precisar de uma virada sobre o Porto nesta terça-feira (13) para avançar às quartas de final da Liga dos Campeões, uma competição que o time inglês está redescobrindo depois de uma longa ausência e um elenco com pouca experiência em torneios internacionais.

No jogo de ida das oitavas, no Estádio de Dragão, os portugueses chegaram à vitória graças a um gol do brasileiro Galeno nos acréscimos. Mas de lá para cá, o Arsenal conseguiu assumir a liderança do Campeonato Inglês.

“O freio de mão estava puxado. Terá sido falta de experiência?”, perguntou o ex-zagueiro do ‘Gunners’ Martin Keown em comentários à TNT Sports.

No momento do pontapé inicial contra o Porto, o Arsenal tinha em campo oito jogadores que estão disputando a Champions pela primeira vez nesta temporada, como o goleiro David Raya, o zagueiro William Saliba, o volante Declan Rice e o atacante Bukayo Saka.

O capitão Martin Odegaard tinha disputado apenas dois jogos pelo Real Madrid, em 2020, e o zagueiro brasileiro Gabriel Magalhães jogou seis vezes pelo Lille em 2019. Dos 11 titulares, só Kai Havertz, campeão pelo Chelsea em 2021, sabe o que é disputar um mata-mata da competição.

– ‘Aprender com o trabalho’ –

“Quando vemos nossa equipe, dá para perceber que é um grupo muito jovem. Alguns nunca participaram da Champions, então temos que aprender com o trabalho”, reconheceu Rice após a derrota em Portugal.

A história europeia do Porto, bicampeão da competição (1987 e 2004) provavelmente falta ao Arsenal, que retorna a principal competição continental de clubes pela primeira vez desde a temporada 2016/2017.

De lá para cá, o time português participou de todas as edições, exceto em 2019/2020. E ninguém mais encarna essa experiência que o luso-brasileiro Pepe, capitão da equipe, de 41 anos, mesma idade de Mikel Arteta, técnico do Arsenal.

No jogo de ida, o veterano zagueiro comandou o Porto com seus 119 jogos de Champions, e três títulos conquistados com o Real Madrid.

– Arsenal aposta no fator casa –

O Porto sabe ditar o ritmo do jogo, parar quando necessário com faltas, uma “malícia” que falta aos ingleses.

“Alguns clubes têm isso no DNA. Não é algo que associaríamos diretamente ao Arsenal, certamente, mas é algo que é preciso desenvolver”, afirmou Arteta, cuja experiência como técnico na Champions também é pouca.

A história, sim, pode ser um bom presságio para os ‘Gunners’. A última vez que o Arsenal chegou às quartas de final, em 2010, foi com uma classificação justamente sobre o Porto. O time então dirigido por Arsène Wenger perdeu na ida por 2 a 1 e na volta, em Londres, goleou por 5 a 0.

Esse Arsenal forte em casa e instável como visitante tem a mesma cara.

Nesta edição da Champions, o time londrino venceu apenas uma vez em quatro jogos fora de seus domínios (2 a 1 sobre o Sevilla), além das derrotas para Porto (1 a 0) e Lens (2 a 1) e o empate com o PSV Eindhoven (1 a 1).

Mas diante de sua torcida, o Arsenal tem 100% de aproveitamento, com três vitórias, 12 gols marcados e nenhum sofrido: 4 a 0 sobre o PSV, 2 a 0 sobre o Sevilla e 6 a 0 sobre o Lens.

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