Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) -A arrecadação do governo federal teve alta real de 12,87% em setembro sobre igual mês do ano passado, a 149,102 bilhões de reais, maior valor já registrado para o mês na série histórica iniciada em 1995, divulgou a Receita Federal nesta terça-feira.

O resultado veio levemente acima da expectativa de arrecadação de 147,85 bilhões de reais, segundo pesquisa Reuters com analistas, e foi diretamente beneficiado pela alta de 16,94%nos impostos recolhidos das empresas a título de Imposto de Renda Pessoa Jurídica/Contribuição Social sobre Lucro Líquido.

De janeiro a setembro, a arrecadação cresceu 22,30%, também em termos reais, somando 1,349 trilhão de reais –patamar também recorde para o período.

Segundo a Receita, o resultado nos nove primeiros meses do ano foi positivamente impactado por recolhimentos extraordinários de cerca de 31 bilhões de reais em IRPJ/CSLL. No mesmo período de 2020, a arrecadação extraordinária nessa linha foi muito menor, alcançando 5,3 bilhões de reais.

Enquanto em 2020 os diferimentos de tributos somaram 58,069 bilhões de reais de janeiro a setembro, tendo sido permitidos pelo governo para mitigar os efeitos da crise de coronavírus, neste ano eles somaram apenas 2,031 bilhões de reais no mesmo período.

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Em contrapartida, as compensações tributárias subiram 28,05% no acumulado de 2021, a 152,987 bilhões de reais.

Olhando apenas para as receitas administradas pela Receita Federal, houve aumento de real de 12,45% em setembro e de 21,50% no acumulado do ano. Excluídos os fatores não recorrentes, as altas seriam de 10,34% e 13,79%, respectivamente, informou a Receita.

(Por Marcela Ayres; Edição de Isabel Versiani e José de Castro)

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