Não vive sem um chicletinho? Os adolescentes da pré-história também não. Na Suécia de 10 mil anos atrás, as gomas de mascar eram feitas de casca de bétula, uma resina preta semelhante ao alcatrão.

E algumas delas foram encontradas há 30 anos ao lado de ossos no sítio arqueológico Huseby Klev, considerado um dos locais mais antigos do país para fósseis humanos.  Em 2019, cientistas já conseguiram mapear o perfil genético de quem mascou esses chicletes: em sua maioria, adolescentes de ambos os sexos.

Agora, novas análises do DNA encontrado neles revelaram não só o que esses jovens comiam – como veados, trutas, avelãs, maçã, pato e raposa –, mas também como andava a saúde bucal deles. Um deles tinha um caso grave de periodontite, por exemplo.

Segundo um dos autores do estudo, a hipótese mais provável é de que os caçadores-coletores daquela época mascavam a resina pra poder usá-la como cola na hora de fabricar ferramentas e armas.

Mas isso não exclui a possibilidade deles acharem que a goma tinha algum propósito medicinal ou mesmo o propósito de deixá-los com uma atitude mais, digamos assim, Motomami. Mas a pergunta que não quer calar é: o que os cientistas descobririam se encontrassem seus dentes daqui a uns 10 mil anos?