Arqueólogos desencavam restos de Woodstock

Arqueólogos desencavam restos de Woodstock

O festival de Woodstock produziu lembranças, apresentações musicais e um volume imenso de detritos, deixados por mais de 400 mil pessoas que lotaram a fazenda de Max Yasgur em Bethel Woods, estado de Nova York, de 15 a 18 de agosto de 1969. Na esperança de descobrir fragmentos do maior evento da era hippie, uma equipe de arqueólogos da Binghamton University, em associação com o Museum at Bethel Woods, começaram a escavar o sítio há dois anos. Encontraram uma fina camada de restos, muito diferente dos grossos substratos de cidades históricas da Antiguidade ou dos sambaquis indígenas do Brasil.[posts-relacionados]

Segundo disse a arqueóloga Maria O’Donovan, chefe da equipe, ao site “Atlas Obscura”, a expectativa era de encontrar muitos objetos e fragmentos. O evento durou 72 horas, mas aconteceu de tudo: centenas de milhares pessoas rolaram nos campos, usaram drogas, consumiram latas de cerveja e fizeram fila nos 600 banheiros químicos – que acabaram submergindo às tempestades que ensoparam o local de tal forma, que a Cruz Vermelha enviou caminhões de água potável. O’Donovan conta que sua equipe se espantou com a escassez de detritos. “Depois do show, 8 mil voluntários fizeram um belo trabalho de faxina do local”, afirma. Bom para a limpeza, pior para a história.

Os arqueólogos descobriram um dos vários fios em que se penduravam produtos no Bindy Bazaar, alguns fossos com restos de fogueira e um buraco cavado perto do palco. A maior quantidade de detritos ficou na memória daqueles que frequentaram o festival.

Veja algumas imagens:

Arqueólogos desencavam restos de Woodstock
JOHN DOMINIS/THE IMAGE WORKS
Arqueólogos desencavam restos de Woodstock
MUSEUM AT BETHEL WOODS
Arqueólogos desencavam restos de Woodstock
UBLIC ARCHAEOLOGY FACILITY, BINGHAMTON UNIVERSITY