17/05/2022 - 7:05
Arqueólogos egípcios encontraram as ruínas de um templo dedicado ao antigo deus grego Zeus na Península do Sinai, no nordeste do Egito, informaram autoridades do país nesta segunda-feira (25/04).
Em um comunicado, o Ministério do Turismo e de Antiguidades anunciou que as ruínas foram descobertas no sítio arqueológico de Tell el-Farma.
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Também conhecido por seu antigo nome, Pelusium, o sítio data do final do período faraônico e foi utilizado também durante as eras greco-romana e bizantina. No local, há ainda vestígios do período cristão e do início do período islâmico.
Mostafa Waziri, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, disse que os arqueólogos escavaram as ruínas do templo através da sua porta de entrada, onde duas grandes colunas de granito colapsadas eram visíveis. Segundo o secretário, a porta foi destruída por um forte terremoto na Antiguidade.
Waziri também afirmou que as ruínas foram encontradas entre o forte Pelusium e uma igreja-memorial existente no local. Os blocos de granito descobertos pelos arqueólogos provavelmente foram usados para construir uma escada para os adoradores chegarem ao templo.
Templo de Zeus-Kasios
As escavações na área datam do início dos anos 1900, quando o egiptólogo francês Jean Cledat encontrou antigas inscrições gregas indicando a existência do templo de Zeus-Kasios, que ainda não havia sido desenterrado, segundo o Ministério.
Zeus-Kasios é uma combinação de Zeus, o deus do céu na mitologia grega antiga, e o Monte Kasios, na Síria, onde Zeus era adorado por fiéis.
Conforme Hisham Hussein, diretor dos sítios arqueológicos do Sinai, as inscrições encontradas na área mostram que o imperador romano Adriano (117-138 d.C.) renovou o templo. Ele afirmou que, a partir de agora, os especialistas estudarão os blocos desenterrados e realizarão um estudo fotogramétrico para ajudar a determinar o projeto arquitetônico do templo.
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As ruínas do templo são as mais recentes de uma série de descobertas antigas que o Egito promoveu nos últimos dois anos, na esperança de atrair mais turistas.
Após as revoltas populares devido à Primavera Árabe, em 2011, a indústria do turismo foi duramente atingida depois que a instabilidade política derrubou o autocrata Hosni Mubarak, que governou o Egito por três décadas, entre 1981 e 2011.
Além disso, a partir de 2020, o setor vem sofrendo com a pandemia de coronavírus e, mais recentemente, com a invasão da Rússia à Ucrânia.
gb (AP, Ministério do Turismo e de Antiguidades do Egito)