A Armênia e o Azerbaijão prometeram, nesta quinta-feira (7), tomar “medidas concretas” para fortalecer a confiança e acalmar as suas relações, depois de ambos os países do Cáucaso terem entrado em confronto militar pelo controle do enclave de Nagorno-Karabakh.

De acordo com uma declaração conjunta publicada após negociações entre o gabinete do primeiro-ministro armênio e a presidência do Azerbaijão, ambos os países “reiteraram a sua intenção de normalizar” a sua relação.

Também chegaram a um acordo sobre a libertação de 32 prisioneiros de guerra armênios, em troca de dois soldados azerbaijanos.

Os dois países “seguirão discutindo medidas para reforçar a confiança, que serão tomadas em um futuro próximo e apelam a um apoio da comunidade internacional por seus esforços”, acrescentou o documento.

Os dois países travavam há décadas um conflito territorial em torno da região do Alto Karabakh, que o Azerbaijão reconquistou em setembro depois de uma ofensiva relâmpago contra os separatistas armênios.

Quase a totalidade da população armênia da região, mais de 100.000 pessoas das 120.000 recenseadas, fugiu para a Armênia.

Incidentes armados foram registrados com frequência na fronteira oficial entre os dois países.

Na segunda-feira, a Armênia afirmou que o Exército azerbaijano matou um de seus soldados perto da fronteira com o enclave de Najichevan.

As negociações de paz entre as duas ex-repúblicas soviéticas não avançam, apesar de várias rodadas de negociações, patrocinadas nos últimos meses pela Rússia, União Europeia e Estados Unidos.

Os dirigentes dos dois países declararam, no entanto, que um acordo de paz global poderia ser assinado daqui até o final do ano.

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