Armênia e Azerbaijão se comprometeram a resolver suas diferenças “pela via pacífica e sem recorrer à violência”, afirmou neste sábado (17) o chefe do governo alemão, Olaf Scholz, após uma reunião com os dirigentes dos dois países do Cáucaso.

Olaf Scholz “aplaudiu expressamente o compromisso assumido hoje [sábado] por ambas as partes para resolver as divergências de opinião existentes e as questões pendentes exclusivamente pela via pacífica e sem recorrer à violência”, indicou em um comunicado o gabinete do governante alemão.

O encontro, do qual participaram Scholz, o presidente azeri Ilham Aliyev e o primeiro-ministro armênio Nikol Pashinyan, ocorreu em paralelo à Conferência de Munique sobre segurança.

Nenhuma das partes fez declarações oficiais sobre as conversas. Mas as promessas de evitar o conflito representariam uma mudança de tom em relação à advertência de Pashinyan, que, na quinta-feira, disse que o Azerbaijão estava planejando uma “guerra em larga escala”.

Na terça-feira, ambas as partes se acusaram mutuamente de abrir fogo na fronteira, em um enfrentamento no qual, segundo a Armênia, morreram quatro de seus soldados.

As tensões entre os dois países vizinhos do Cáucaso continuam elevadas desde que Baku reconquistou o enclave montanhoso de Nagorno Karabakh, de população majoritariamente armênia, durante uma ofensiva militar relâmpago em setembro de 2023.

A Erevan preocupa que o Azerbaijão possa invadir o território armênio para criar uma ponte terrestre para seu exclave de Nakhchivan.

Pashinyan e Aliyev afirmaram anteriormente que um acordo de paz poderia ter sido assinado no fim do ano passado, mas as conversas, que contaram com mediação internacional, não resultaram em avanços.

Em uma reunião bilateral realizada também em Munique hoje pela manhã, Pashinyan declarou ao secretário de Estado americano Antony Blinken que houve uma “nova escalada” de violência com o Azerbaijão, em referência ao último enfrentamento.

smk/ilp/mab/jvb/rpr