A Armênia e o Azerbaijão acusaram-se mutuamente nesta terça-feira (13) de disparos na fronteira destes dois países rivais no Cáucaso que, segundo Yerevan, levaram à morte de quatro dos seus soldados.

“Quatro morreram e um ficou ferido como resultado de disparos contra posições armênias por parte das forças do Azerbaijão”, disse o Ministério da Defesa da Armênia em um comunicado.

Os combates ocorreram perto da cidade de Nerkin Hand.

O Ministério da Defesa do Azerbaijão acusou as forças de Yerevan de terem disparado duas vezes na noite de segunda-feira contra as suas posições em Kokhanabi, na região noroeste de Tovuz.

A Armênia respondeu que a versão de que os seus soldados “dispararam na direção das posições do Azerbaijão na parte nordeste da fronteira não corresponde à realidade”.

O incidente ocorre logo após a reeleição como presidente do Azerbaijão de Ilham Aliev, no poder há duas décadas.

O líder autoritário goza da popularidade conquistada após a vitória militar contra os separatistas armênios na região de Nagorno-Karabakh, em setembro de 2023, que pôs fim a três décadas de separatismo neste enclave que foi palco de duas guerras.

Quase toda a população de etnia armênia em Karabakh fugiu para a Armênia depois de o Azerbaijão ter assumido o controle do território, criando uma crise de refugiados.

Há suspeitas de que Aliev quer agora assumir o controle da região armênia de Siunik para ligar o enclave de Nakhichevan ao resto do território do Azerbaijão.

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