A Argentina, sem Lionel Messi e aguentando bem a altitude de Calama, derrotou por 2 a 1 o Chile, que ficou com um pé fora da Copa do Mundo do Catar-2022 na partida disputada nesta quinta-feira pelas eliminatórias sul-americanas.

A Albiceleste, já classificada para o Catar, conquistou a vitória graças aos gols dos atacantes Ángel Di María aos 10 minutos e Lautaro Martínez (34), enquanto o Chile marcou por meio do atacante Ben Brereton (21).

Com grande atuação de Di María, que assumiu a responsabilidade de liderar a equipe na ausência de Messi, a Argentina teve um desempenho correto, quase sem sofrer nos 2.400 metros de altitude de Calama, controlando o jogo com força e bom toque de bola, e defendendo de forma correta quando os argentinos davam sinais de cansaço, já na reta final do jogo.

Para o Chile foi uma noite para ser esquecida, sem profundidade e ordem, muito necessária para alcançar uma vitória que era urgente para ainda ter esperanças de chegar ao Catar. Mas a três jogos do final das eliminatórias, a sorte parece lançada para a Roja.

Na próxima terça-feira, a Argentina receberá a Colômbia, enquanto o Chile jogará suas últimas chances nos 3.600 metros de altitude de La Paz, onde enfrentará a Bolívia.

“Estou decepcionado, será difícil viajar para a Bolívia. Estou triste com esta derrota”, lamentou Brereton.

– Di María abre o placar –

Apesar da partida ter começado com o Chile determinado a buscar o gol adversário, após um contra-ataque pelo setor direito, o sempre perigoso Di María – estrela da noite – superou seu marcador e, livre, mandou um chute espetacular que entrou no gol chileno apesar de Claudio Bravo se esticar todo para tentar alcançar a bola.

A resposta chilena veio 11 minutos depois, com mais empolgação do que futebol, após a bola ser mal afastada pela defesa da ‘Albiceleste’. O chileno Marcelino Núñez colocou a bola na área, Ben Brereton saltou, e com uma forte cabeçada superou o mal colocado goleiro Martínez, conseguindo assim o empate.

Mas a noite no estádio Zorros del Desierto era da Argentina e a altura de Calama acabou tendo mais efeito sobre o Chile. Após um forte chute do meia De Paul, a bola ganhou uma força inesperada que o goleiro Claudio Bravo não conseguiu desviar para o lado, deixando a bola solta na área, que Lautaro Martínez aproveitou diante de nenhuma reação da defesa chilena.

Antes do segundo gol argentino, Bravo havia demonstrado um desconforto que não lhe permitia continuar em campo. Com isso, acabou sendo substituído por Bryan Cortés.

– Derrocada chilena –

Para a segunda etapa, o uruguaio Martín Lasarte colocou em campo Mauricio Isla, que finalmente conseguiu jogar após superar uma infecção por covid-19, e Joaquín Montecinos para atingir profundidade no ataque, algo que o Chile mostrou tão pouco. Mas a seleção argentina ficou firme no meio-campo e, apesar de mostrar cansaço, conseguiu frear as investidas chilenas.

Uma nova cabeçada de Brereton poderia ter levado a um empate, mas uma grande defesa de Martínez deixou o jogo em um placar justo de 2 a 1 para um time argentino que não tinha Messi, nem seu técnico Lionel Scaloni devido à pandemia e alguns jogadores infectados e lesionados.

Enquanto a Argentina – última campeã da América – chega a 32 pontos nas Eliminatórias e atinge 28 jogos sem derrota, o Chile continua com 16 pontos, comprometendo suas chances de conseguir uma vaga para a Copa do Catar e o que parece ser uma triste despedida para sua geração dourada.

msa/cl/aam