A Argentina registrou nesta terça-feira (4) 168 mortes e 6.792 infecções por coronavírus, dois números recordes para um único dia, informou o Ministério da Saúde argentino.

Assim, o número de mortes subiu para 3.979, enquanto os casos registrados totalizam 213.522 no país sul-americano de 44 milhões de habitantes, segundo dados oficiais.

“A pandemia não acabou, precisamos ter cuidado”, disse o presidente Alberto Fernández ao canal C5N, após a divulgação das últimas estatísticas.

Os pacientes recuperados são 94.129 no país, onde o principal foco do COVID-19 está na região metropolitana de Buenos Aires e os 40 distritos ao redor, conhecidos como AMBA. A área acumula mais de 90% dos casos de toda a Argentina, que havia ultrapassado 200 mil infecções no domingo, em clara ascensão.

A reação do governo ao aumento de contágios foi assinar na segunda-feira um decreto que visa proibir reuniões sociais em todo o território.

O confinamento na AMBA chegou a seu 138º dia na terça-feira, com um relativo relaxamento na permissão para novas empresas abrirem suas portas e para passeios recreativos com crianças, entre outras medidas de alívio.

Na maioria das 23 províncias, são aplicadas regras mais flexíveis, já que poucos casos são registrados, embora tenha havido um forte crescimento em Jujuy (norte) e Córdoba (centro).

Manifestantes contra a quarentena ligados à oposição promoveram outro protesto no sábado, no qual a maioria marchou pelas ruas sem máscaras, que são obrigatórias em espaços públicos.

A ocupação de leitos de terapia intensiva na região subiu ligeiramente e atingiu 66,4% do total disponível.

Ao anunciar a continuidade do confinamento na semana passada, Fernández alertou que a epidemia está “muito longe de ser contida”.

“O grande problema que tivemos nos últimos 15 dias foi o relaxamento. Sentimos que a situação está contida, mas não está, está longe de ser contida”, afirmou.

O novo período de isolamento social obrigatório, com algumas exceções, vai até 16 de agosto.