Argentina tem 3º grande protesto contra decreto de Milei

BUENOS AIRES, 27 DEZ (ANSA) – Na Argentina, a Confederação Geral do Trabalho (CGT), a Central dos Trabalhadores (CTA), a Unidad Piquetera (UP) e partidos de esquerda se reúnem nesta quarta-feira (27) em Buenos Aires, junto com outras organizações sociais e sindicais, em mais uma manifestação para repudiar o mega decreto de desregulamentação da economia assinado por Javier Milei.   

O governo do ultraliberal já advertiu que pretende usar “todas as medidas” para impedir eventuais desordens durante os protestos.   

A Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE), sindicato que representa os funcionários públicos, não descarta a possibilidade de convocar uma greve geral da categoria para protestar contra outro decreto, anunciado na terça-feira (26), que levará à demissão de 7 mil funcionários públicos.   

Nesta quarta, Milei criticou os agentes que contestam o decreto econômico e disse que “obviamente” marcará um referendo caso o texto não seja aprovado pelo Congresso.   

O decreto, que revoga mais de 300 normas de uma só vez, estabelece “emergência pública em matéria econômica, financeira, fiscal, administrativa, previdenciária, tarifária, sanitária e social até 31 de dezembro de 2025”.   

Também estão previstos a desregulamentação do mercado de aluguéis e o fim de restrições a exportações e de políticas de controle de preços.   

O texto começou a valer imediatamente, mas ainda será analisado pelo Parlamento. (ANSA).