A Argentina superou neste domingo (2) os 200.000 casos de COVID-19, informou o Ministério da Saúde, que anunciou a proibição de realizar reuniões sociais em todo o país a partir de segunda-feira.

O número de casos do novo coronavírus aumentou para 201.906 e o de mortes, a 3.648, com 89.026 recuperados, em um país com uma população de 44 milhões de habitantes, segundo o último boletim ministerial.

Diante do aumento no número de contágios e do temor de saturar o sistema de saúde, as autoridades suspenderam a gradativa flexibilização do isolamento social, prevista para esta segunda em Buenos Aires e periferia, onde se concentram 90% dos casos.

A ocupação de leitos de terapia intensiva está em 55,5% em média no país, mas chega a 65,2% na região metropolitana, segundo o Ministério da Saúde.

Além disso, diante de novos focos em várias províncias, a vice-ministra da Saúde, Carla Vizzoti, anunciou a proibição a reuniões sociais em todo o país por pelo menos 15 dias a partir da segunda-feira.

“Até 16 de agosto serão suspensas e restritas as reuniões sociais em todo o território nacional para que onde há surtos possam ser controlados e onde não há, possamos minimizar a possibilidade de tê-los. Até que possamos transmitir a mensagem da importância da responsabilidade individual”, disse Vizzotti neste domingo na comunicação diária de seu ministério.

Na sexta-feira, o presidente argentino, Alberto Fernández, fez um apelo à responsabilidade individual para evitar a expansão do vírus.

“O grande problema que tivemos nos últimos 15 dias foi que relaxamos. Sentimos que a situação está contida, mas não é assim, está muito longe de estar contida”, afirmou.

A Argentina está em isolamento social desde 20 de março, mas várias províncias já avançaram no desconfinamento gradual.