A Argentina solicitou a prisão do ministro do Interior do Irã, Ahmad Vahidi, relacionada ao ataque contra a associação judaica Amia, que deixou 85 mortos em Buenos Aires há 30 anos, anunciou nesta terça-feira a chancelaria do país sul-americano.

“A Argentina reclama a prisão internacional dos responsáveis pelo atentado de 1994 à Amia, que causou a morte de 85 pessoas. Eles continuam em seus postos de poder com total impunidade”, diz o comunicado divulgado pela pasta.

“Um deles é Ahmad Vahidi, procurado pela Justiça argentina como um dos responsáveis pelo atentado”, ressalta o texto, assinado também pelo Ministério da Segurança argentino.

Vahidi é ministro do Interior do Irã e faz parte de uma comitiva daquele governo que se encontra atualmente no Paquistão e Sri Lanka. Nesse sentido, o Escritório Central da Interpol emitiu uma difusão vermelha para a prisão de Vahidi a pedido da Argentina, que solicitou aos governos do Paquistão e Sri Lanka que efetuem a prisão, segundo o comunicado.

No último dia 12, a Justiça argentina determinou que os atentados contra a embaixada de Israel, em 1992, e a Amia, dois anos depois, foram ordenados pelo Irã, uma decisão considerada histórica pela comunidade judaica.

Em duas decisões separadas divulgadas naquele mesmo dia, os juízes Carlos Mahiques, Diego Barroetaveña e Ángela Ledesma ratificaram a necessidade de julgar à revelia os acusados libaneses e iranianos, absolveram o ex-mecânico argentino Carlos Telleldín e reduziram as penas de outros acusados de prejudicar a investigação.