O ministro da Economia e pré-candidato presidencial da Argentina, Sergio Massa, defendeu nesta segunda-feira, 24, as medidas cambiais anunciadas para preservar as reservas em dólares, apontando as condições para renegociar o pagamento da dívida com o Fundo Mio e a seca histórica que causou prejuízos milionários.

“Existem medidas transitórias que podem ser mais ou menos agradáveis, mais ou menos questionáveis, mas que têm a ver com a realidade do momento”, disse Massa, pré-candidato à presidência pelo partido governista União da Pátria nas eleições de outubro, respondendo às críticas recebidas da oposição, que considerou que os anúncios são “remendos” que não resolvem os problemas.

Em termos gerais, as medidas previstas aumentam os impostos que incidem sobre a compra de dólares no mercado oficial para efeitos de poupança e sobre a importação de determinados bens e serviços, como forma de travar a diminuição das reservas cambiais do Banco Central, que é um dos objetivos traçados com o FMI.

No dia seguinte ao anúncio, o dólar disparou paralelamente ao dos argentinos, que enfrentam fortes restrições no mercado de câmbio oficial para a compra de moeda estrangeira. Assim, o chamado “dólar blue” foi vendido a 550 pesos a unidade e aumentou sua diferença em relação ao dólar oficial, que era negociado a 283,5 pesos.