BUENOS AIRES, 26 SET (ANSA) – O governo da Argentina anunciou nesta quarta-feira (26) um complemento ao acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que prevê o adiantamento de US$ 7,1 bilhões do empréstimo firmado por Mauricio Macri no meio do ano, que soma US$ 50 bilhões.   

O decisão foi revelada pela diretora geral do FMI, Christine Lagarde, e pelo ministro da Economia argentino, Nicolas Dujovne, e ainda inclui uma injeção de US$19 bilhões deste montante até meados de 2019.   

Segundo Lagarde, o novo acordo, o maior já assinado pelo FMI, está sujeito à votação do conselho executivo. No entanto, ressaltou seu desejo de ajudar a Argentina “nos desafios pela frente”.   

“Eu acho que a sua implementação será fundamental para restaurar a confiança no governo de reforma econômica ambiciosa”, acrescentou.   

O novo acordo é uma tentativa de amenizar a crise econômica no país, que, em 2018, teve desvalorização de 100% do peso argentino, além de apresentar a maior taxa de juros do mundo (60%), uma inflação que já chega aos 40% e ter aumento da pobreza e do desemprego.   

O governo do presidente Mauricio Macri ainda enfrenta uma recessão econômica e um mal-estar social que teve seu ápice na última terça-feira (25), quando uma greve geral foi realizada por duas centrais sindicais do país, a Confederação Geral do Trabalho (CGT) e a Central de Trabalhadores da Argentina (CTA).   

Foram paralisados serviços como transportes, voos nacionais e internacionais, escolas, comércios, bancos e o funcionalismo público. Os hospitais só atenderam a emergências. O país tem vivido uma forte turbulência, principalmente depois da pela renúncia do presidente do Banco Central argentino, Luis Caputo, um homem de confiança de Macri que teve sérias divergências com Dujovne. (ANSA)