BUENOS AIRES, 8 ABR (ANSA) – Após a Argentina registrar mais de 22 mil casos de Covid-19 em 24 horas, o governo estabeleceu uma série de restrições para tentar conter o avanço da doença.   

As novas medidas anunciadas pelo presidente da Argentina, Alberto Fernández, afetará ainda mais a circulação da população e as atividades comerciais.   

O político confirmou que a nação entrou “na segunda onda” do coronavírus Sars-CoV-2 e ressaltou a importância das próximas três semanas.   

“Não gosto que se faça política com a pandemia, é uma ameaça feroz, que toda a humanidade enfrenta. A pandemia continua e está voltando com mais rigor. Só nos últimos sete dias, os casos aumentaram 36% em todo o território”, disse o presidente em uma mensagem divulgada na TV.   

Apesar de ter tomado em janeiro as duas doses da vacina Sputnik V, Fernández contraiu o novo coronavírus e está isolado em sua residência em Olivos.   

Nas áreas de maior risco de contaminação, que inclui Buenos Aires e a região metropolitana ao seu redor, não será possível circular nas ruas entre meia-noite e seis da manhã. Já bares e restaurantes precisarão fechar as portas às 23h. As casas noturnas, por sua vez, não poderão abrir nesta nova fase.   

O transporte público em Buenos Aires só poderá ser utilizado por quem possa comprovar que se desloca por motivos de trabalho ou a uma escola, já que as aulas presenciais não serão suspensas. As pessoas autorizadas deverão ter uma licença de circulação, que poderá ser acessado por meio de um aplicativo de celular disponibilizado pelo governo.   

No decreto assinado por Fernández, que ficará em vigor até 30 de abril, também é proibido viagens coletivas dentro do país e ao exterior. A prática de esportes está liberada, desde que não tenha mais de 10 participantes.   

Desde o início da pandemia, a Argentina registrou pouco mais de 2,4 milhões de casos de Covid-19 e quase 57 mil óbitos, segundo dados da universidade norte-americana Johns Hopkins. (ANSA).