A polêmica compra de milhares de comprimidos de viagra, remédio usado contra disfunção erétil masculina, pelas Forças Armadas segue repercutindo nos bastidores. A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) indicou que houve superfaturamento na negociação feita em 2021. As informações são do jornal O Globo.

De acordo com a publicação, o relatório técnico diz que o Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro tem 90 dias para adotar “medidas administrativas pertinentes para apuração do débito e outras ao seu alcance, sem prejuízo de requerer ao órgão jurídico da estatal que adote as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis, com vistas à obtenção do ressarcimento do débito apurado, em valores devidamente atualizados”.

Na ocasião, foram comprados mais de 15 mil comprimidos de viagra 25mg no valor unitário de R$ 3,65, enquanto o valor médio do medicamento no Painel de Preços do governo federal no mesmo período era de R$ 1,81. Além disso, o Hospital Central do Exército registrou um valor mais baixo na compra dos produtos.

“A equipe técnica constatou o superfaturamento e pediu o ressarcimento aos cofres públicos desse dinheiro gasto indevidamente. Nos hospitais públicos, falta até dipirona. E para as Forças Armadas o governo Bolsonaro libera compra superfaturada de Viagra”, disse o deputador federal Elias Vaz (PSB-GO) na representação contra a compra do remédio.

Agora, o relatório feito pela área técnica do TCU precisa da aprovação do ministro Welder de Olviera, relator do caso no Tribunal.