WELLINGTON, 18 OUT (ANSA) – Conforme as previsões, o Partido Trabalhista da premiê Jacinda Ardern teve uma vitória esmagadora nas eleições realizadas neste sábado (17) ao derrotar a opositora do Partido Nacional, Judith Collins.

A sigla de Ardern obteve 49% dos votos e os Verdes, que formam a coalizão de governo, tiveram 7,6% – dando mais de 56% dos votos ao atual governo. O Partido Nacional obteve apenas 27% e sua líder reconheceu a derrota. A quantidade de votos dos Trabalhistas é a maior da história do país desde que o atual sistema foi implantado, em 1996.

“À primeira-ministra Jacinda Ardern, para quem eu telefonei, parabenizo pelo resultado porque acredito que seja um resultado excepcional para o Partido Trabalhista”, disse Collins em um discurso transmitido pela TV.

Agradecendo os eleitores, a premiê disse que já irá começar a trabalhar pensando no futuro da Nova Zelândia.

“Depois desse resultado, nós temos o mandato para acelerar nossa resposta e a nossa retomada – e começaremos amanhã. Hoje, os neozelandeses mostraram seu maior apoio ao nosso partido em 50 anos e seremos o partido que governará para todos”, disse Ardern.

Os resultados dos referendos sobre a legalização do uso da maconha e da eutanásia, que também foram alvos de votação neste sábado, devem ser divulgados no fim de outubro.

– Quem é Jacinda Ardern: Jovem e com uma proposta de diálogo, a primeira-ministra do país de cinco milhões de habitantes ficou mais conhecida no mundo por conta da gestão da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) – considerada um exemplo global.

Com o fechamento rápido das fronteiras e um lockdown rígido assim que os primeiros casos surgiram, Ardern conseguiu implantar medidas eficazes de contenção da Covid-19. Para se ter ideia, a Nova Zelândia contabiliza “apenas” 25 óbitos desde fevereiro e 1.883 contágios pelo novo coronavírus.

Atualmente, é um dos raros países do mundo onde todas as restrições para o combate à doença foram levantadas e não há casos de transmissão comunitária há meses.

Além da gestão sanitária, a resposta dada por seu governo durante um dos maiores atentados terroristas do país, o ataque que matou 51 muçulmanos em Christchurch, foi considerada muito boa – punindo os envolvidos e promovendo uma campanha de educação de respeito religioso.