ROMA E PAVIA, 17 FEV (ANSA) – Uma partida amadora de futebol feminino terminou neste sábado (15) em violência. Uma árbitra de 16 anos de idade foi fisicamente e verbalmente atacada pelo técnico e um torcedor de um dos times do duelo Segundo o jornal “Il Giorno”, no jogo entre o Rivazzanese e o Real Meda, em Brianza, válido por um campeonato regional sub-15, a jovem árbitra validou um gol do clube visitante nos minutos finais do jogo. A decisão deixou o técnico do time anfitrião enfurecido, que imediatamente correu para o campo. Visivelmente nervoso, o treinador do Rivazzanese, Paolo Bottazzi, teria empurrado e xingado a juíza. A menina, apavorada, tentou se fugir da confusão, enquanto um segundo homem, um dos torcedores do time da casa, invadiu o gramado para tentar se aproximar da árbitra, alegando que queria bater nela.   

O pai da adolescente interviu no caso e chamou a polícia, tendo o homem que queria agredir a garota fugido. Apesar da confusão, a árbitra não se machucou durante o incidente.   

“Não era minha intenção ferir ou até assustar a árbitra. Eu só queria chamar sua atenção e pedir explicações para sua decisão.   

Meu único erro foi colocar a mão em seu braço: eu deveria ter conversado com ela com as mãos atrás das costas”, disse Bottazzi, de 35 anos de idade, em entrevista à ANSA.   

Já sobre o torcedor que invadiu o gramado, Bottazzi afirmou que ele não faz parte do Rivazzanese. No entanto, é cogitado que ele seja pai de alguma das jogadoras do time.   

“Ele não é um dos nossos membros, não tem nada a ver com o clube. Sinto muito pelo o que aconteceu, antes de tudo, com a garota que apitou o jogo: eu conversei com o pai dela e nos esclarecemos”, comentou Bottazzi.   

Marcello Nicchi, presidente da Associação Italiana de Árbitros (AIA), lamentou o episódio de violência contra um juiz, que foi o 13º já registrado.   

“Aprendo com tristeza e desespero o evento que aconteceu na partida em Meda, onde os membros de um clube colocaram as mãos em uma árbitra de 16 anos. Tudo isso me entristece. É hora de intervir, porque, caso contrário, o futebol não terá futuro”, disse Nicchi à ANSA.