O procurador-geral da República Augusto Aras propôs nesta quarta-feira, 29, medidas emergenciais para aumentar a segurança dos servidores e colaboradores da Fundação Nacional do Índio (Funai) na região do Vale do Javari, no Amazonas, onde o indigenista Bruno Araújo e o repórter Dom Phillips foram assassinados no último dia 5.

Aras se reuniu em Brasília com o presidente da Funai, Marcelo Xavier, e com diretores do órgão. Uma das medidas defendidas pelo procurador-geral é o porte de arma para os servidores. “Abandonos institucionais não podem existir. Eu vi nos olhos dos servidores essa sensação de abandono, que vai além do medo”, disse o PGR.

Outro ponto abordado no encontro foram possíveis alternativas para ampliar a segurança na região nos próximos meses. Aras lembrou que os militares podem ser destacados para dar apoio logístico às eleições.

Segundo a PGR, os representantes da Funai garantem que aumentaram o valor investido na região, inclusive com a contratação de seguranças, mas relataram “dificuldades logísticas e financeiras”. Também teriam manifestado interesse em abrir um concurso para ampliar o quadro de servidores da instituição.

Após o assassinato de Bruno e Dom, a PGR anunciou a criação de 30 novos ofícios do Ministério Público Federal para a Região Amazônica. Aras também notificou o governo federal e o governo do Amazonas a ampliarem a segurança de indígenas, moradores e servidores públicos no Vale do Javari. Veja as medidas e os órgãos cobrados:

– Governo do Amazonas, Ministério da Justiça e Ministério da Defesa: aumento das Forças de Segurança na região;

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– Polícia Federal: envio de policiais e delegados federais recém-aprovados no concurso público da corporação;

– Ministério das Comunicações: melhora dos serviços de internet e telecomunicações na região.


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