A representação do ex-presidente Lula contra Deltan Dallagnol e algumas pessoas da força-tarefa de Curitiba, no Paraná, foi pautada pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). O caso em questão alega abuso de poder do procurador e de seus colegas por entrevista do PowerPoint, em 2016, conforme apuração da colunista Mônica Bergamo.

O órgão é responsável pela fiscalização do trabalho dos procuradores e promotores, comandado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.

Na entrevista, Dallagnol concedeu coletiva de imprensa, na capital paranaense, na qual demonstrou na apresentação uma série de caminhos, os quais todos apontavam para Lula, como cérebro de uma organização criminosa que desfalcou a Petrobras.

Segundo o advogado Cristiano Zanin, que representa o petista, a acusação direcionada ao ex-presidente não tinha relação com o caso do triplex, protocolado na mesma data da entrevista realizada para explicar o objetivo da coletiva.

“Eles infringiram os deveres funcionais”, sustenta Zanin.

Lula foi absolvido da denúncia, que havia sido feita pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. Como o Ministério público não recorreu, a decisão de absolver o petista foi mantida.

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Dellagnol será julgado na próxima terça-feira (7), em sessão virtual, que contará com Zanin, o representante de Lula. O momento é desfavorável para a força-tarefa de Curitiba, a qual também é alvo de limitações de conselheiros do CNMP.


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