A Arábia Saudita e o Paquistão assinaram nesta quarta-feira (17) um “acordo estratégico de defesa mútua”, pelo qual se comprometem a se defender em caso de ataque, mais de uma semana após o bombardeio israelense contra o Hamas no Catar.
O Paquistão, que possui armas nucleares e há quatro meses viveu seu pior confronto em décadas com a Índia, e a Arábia Saudita selaram esse acordo que estipula que “qualquer agressão contra um dos dois países será considerada uma agressão contra ambos”, segundo a agência de notícias oficial saudita SPA.
O acordo foi assinado durante a visita de Estado do primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, nesta quarta-feira a Riade, onde se reuniu com o príncipe herdeiro e dirigente de fato saudita, Mohammed bin Salman.
O anúncio ocorre após o ataque israelense de 9 de setembro contra o movimento palestino Hamas em Doha, uma ofensiva sem precedentes que sacudiu o Catar e deixou em alerta a rica região do Golfo, que até então contava com a proteção militar de Washington, seu aliado histórico.
Embora Riade busque diversificar suas alianças, essa aproximação com Islamabad não apaga os importantes vínculos comerciais da Arábia Saudita com a Índia, outra potência nuclear.
A Índia, um dos maiores importadores de petróleo do mundo, cobre mais de 85% de suas necessidades graças a fornecedores estrangeiros, entre os quais estão o Iraque e a Arábia Saudita, que sozinhos representaram 45% das importações indianas de petróleo em 2024.
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