27/02/2021 - 14:15
Roger Machado foi apresentado no Fluminense na manhã deste sábado. O novo treinador, que assinou contrato por duas temporadas e trouxe os auxiliares Roberto Ribas e James Freitas e o analista de desempenho Jussan Anjolin Lara, afirmou que a identificação e a história que construiu no clube como jogador foram determinantes para aceitar a proposta. Ele também havia sido procurado pelo Athletico-PR.
Em suas primeiras palavras como treinador do Fluminense, Roger Machado, que estava desempregado desde que foi demitido do Bahia, em setembro, não escondeu a emoção de retornar à equipe tricolor após 13 anos. Ex-lateral, ele defendeu o time por três anos e em 2007 foi o autor do gol que garantiu o título da Copa do Brasil na final contra o Figueirense.
“Confesso que esse momento para mim foi esperado por muito tempo. Poder estar sendo anunciado como treinador do clube depois de 13 anos como atleta profissional aqui, e tendo tido parte da minha vida aqui na instituição. Sei o desafio que tenho em mãos, o tamanho da responsabilidade, mas tenho certeza, dando continuidade ao trabalho feito até o momento, temos possibilidade de seguir construindo a história do clube com conquistas”, salientou o treinador. “Tem as motivações profissionais, mas sem dúvida o coração falou bem alto no momento da decisão dessa parceria”, reforçou.
“Não posso deixar de dizer que o lado emocional teve uma decisão muito forte de poder voltar para casa, para esse ambiente que 13 anos atrás convivi com muita intensidade. De me relacionar com pessoas que muitas delas ainda estão por aqui, construindo a história do clube, e pude participar durante três anos (2006, 2007 e 2008), em uma das fases mais importantes que vivi”, completou o comandante de 45 anos.
O Fluminense será o sétimo clube do treinador na carreira, iniciada no Juventude e com passagens por Novo Hamburgo, Grêmio, Atlético Mineiro, Palmeiras e Bahia. Roger entende que a missão é desafiadora, mas confia que terá bons resultados à frente do elenco, que surpreendeu ao fazer a melhor campanha em 2021 entre todos os times do Brasileirão e terminou a competição no quinto lugar, assegurando uma vaga à próxima edição da Libertadores.
“Evidentemente o fator decisivo dessa combinação que me trouxe até aqui foi entender o planejamento, o projeto que o Paulo (Angioni) e o Mário (Bittencourt) me mostraram, e passei a entender o que gostaria de fazer para esse momento, de poder ajudar construir, reformular o clube. Disputar competições importantes, trabalhar com o que eu entendo, que é essa combinação importante de revelações, que Xerém nos dá, e a experiência de jogadores mais vividos”, enfatizou o técnico, que exaltou o desempenho da equipe treinada por Marcão na reta final da temporada.
“O nível de futebol com que encerramos essa temporada nos deixa com um otimismo muito grande. A mescla dos experientes e de Xerém mostra que temos força necessária para vislumbrar um futuro longo na Libertadores”, projetou.
No final de 2019, Roger Machado, pelo Bahia, e Marcão se enfrentaram no primeiro confronto entre treinadores negros na Serie A do Campeonato Brasileiro e estrelaram uma campanha contra o racismo promovida pelo Observatório de Discriminação Racial no Futebol. Agora, os dois se reencontram no Fluminense. O novo técnico estreia na próxima quinta-feira diante do Resende, em duelo da primeira rodada da Taça Guanabara.