Um dia depois de assinar contrato, o técnico português José Peseiro, de 59 anos, foi apresentado nesta quarta-feira como novo treinador da seleção da Venezuela. Na entrevista coletiva em Caracas, deixou bem claro qual o seu objetivo no comando da equipe sul-americana: a vaga na Copa do Mundo de 2022, no Catar, o que seria inédito para o futebol do país.

“A Venezuela vive o seu melhor momento. Nunca teve tantos jogadores na Europa. Venho com o propósito principal de contribuir para poder estar no Mundial do Catar em 2022”, disse Peseiro, que encara o seu segundo trabalho à frente de uma seleção nacional – o primeiro foi na Arábia Saudita, entre 2009 e 2011. “É uma honra, um desafio, porque também quero estar no Mundial”.

O treinador aproveitou para mostrar a ideia de jogo que pretende ver aplicada na seleção venezuelana. “Todos os treinadores têm uma ideia. Mais ofensiva ou mais defensiva. É verdade que gosto de uma equipe que domina o jogo ofensivamente. (Mas) Seria uma loucura vir para a Venezuela e querer jogar como o Sporting (Lisboa) de 2005”, comentou Peseiro, lembrando a época na qual esteve perto de vencer o Campeonato Português e a Copa da Uefa (antigo nome da Liga Europa).

No entanto, a contratação do treinador português está cercada de polêmica na Venezuela, já que alguns meios de comunicação do país apontaram que José Peseiro não foi uma escolha da FVF, mas sim do governo de Nicolás Maduro. E foram os mesmos que não aceitaram a contratação do argentino Jorge Sampaoli, que deixou o Santos no final do ano passado.

Outro nome que apareceu nas especulações foi o de Diego Maradona, mas Laureano González, presidente da Federação Venezuelana de Futebol (FVF, na sigla em espanhol), negou qualquer contato com o argentino, atual técnico do Gimnasia La Plata. “Houve muita especulação sobre candidatos. Posso dizer que nós nunca conversamos com Diego Maradona. Nunca esteve nos planos”, afirmou.