21/02/2017 - 14:04
Luis Fabiano chegou com status de grande ídolo ao Vasco. Mesmo ainda sem atuar pelo clube, foi recepcionado por milhares de torcedores no Aeroporto Internacional Santos Dumont, no Rio, nesta terça-feira e apresentado com festa na sede náutica vascaína. O entusiasmo só foi freado com a indicação do próprio jogador de que não atuará no clássico diante do Flamengo, sábado, pelas semifinais da Taça Guanabara.
“Eu realmente não estou 100%, ainda é cedo para pensar em estreia. Acho que vale concentrar com o time para entrosar. Se acharem que é bom, já começo a sentir o clima. Jogar é uma outra questão. Depende da comissão também, do que é melhor para o time”, declarou o jogador de 36 anos.
A última partida em que Luis Fabiano atuou aconteceu em outubro, ainda defendendo as cores do Tianjin Quanjian, da China. Além do longo período sem atuar, o jogador foi prejudicado pelas condições precárias disponíveis para que tentasse manter a forma no país asiático, uma vez que já não fazia parte dos planos do clube e, por isso, não tinha todas as instalações à disposição.
“Todo mundo sabe que meu último jogo foi no final de outubro. Fiquei dois meses de férias. Depois, tentei treinar para entrar em forma, mas em condições muito precárias. Hoje, para jogar, ainda falta alguma coisa. Ainda não estou 100% para entrar em campo”, reiterou.
Apesar das indicações claras de que não tem condições de enfrentar o Flamengo no fim de semana, Luis Fabiano viu o presidente Eurico Miranda evidenciar que tem outros planos para ele. Talvez para apimentar o clássico, o sempre controverso dirigente vascaíno deixou no ar a possibilidade de o novo reforço estar em campo na semifinal.
“Se eu escalar, ele vai jogar (no clássico)”, cravou Eurico. “O Luis Fabiano vem como algo que é uma nova era para o time do Vasco. Uma responsabilidade muito grande. Quando disse que o Vasco ia para as cabeças, eu sabia que o Luis Fabiano vinha. E o Vasco vai para as cabeças.”
Apesar de admitir estar fora de forma, Luis Fabiano negou que a idade avançada possa ser um problema para ele no Vasco. Ele garantiu ter condições de confirmar em campo a idolatria com a torcida cruzmaltina, e mirou repetir o exemplo daquele que é para ele um ídolo, e que também superou a barreira da idade para fazer história no clube: Romário.
“Vejo vários jogadores com mais de 35 anos, até 40. Quando o jogador sabe, sabe com 28 ou 40, como foi o Romário. Gol eu não desaprendi a fazer”, avisou. “Ser ídolo igual ao Romário é difícil, mas vou dar o meu máximo, tentar dar alegria.”