A gigante da tecnologia Apple aumentará seus investimentos nos Estados Unidos em US$ 100 bilhões (R$ 551,13 bilhões, na cotação atual), elevando o total para US$ 600 bilhões (R$ 3,3 trilhões) em quatro anos, disse um funcionário de alto escalão da Casa Branca à AFP nesta quarta-feira (6).
O anúncio oficial está marcado para as 16h30 (17h30 no horário de Brasília) na Casa Branca, na presença do presidente Donald Trump, acrescentou a fonte, confirmando uma reportagem divulgada pela imprensa americana.
Em fevereiro, a Apple anunciou que investiria mais de US$ 500 bilhões (R$ 2,75 trilhões) nos Estados Unidos e contrataria 20 mil pessoas, em um momento em que as empresas de tecnologia competem para desenvolver inteligência artificial.
A Apple afirma ter registrado lucros trimestrais de US$ 33,4 bilhões (R$ 184 bilhões) no final de julho, superando as previsões, apesar do aumento dos custos devido às tarifas de Trump.
A estratégia de Trump “garantiu bilhões em investimentos”, disse Taylor Rogers, porta-voz do governo americano.
O anúncio da Apple “é uma nova vitória para nossa indústria, que também permitirá repatriar a produção de componentes estratégicos”, acrescentou.
Para Nancy Tengler, diretora da empresa de investimentos Laffer Tengler, o anúncio da Apple representa um “ramo de oliveira” (símbolo de paz) estendido por seu CEO, Tim Cook, após Donald Trump criticar a empresa por fabricar iPhones fora dos Estados Unidos.
O presidente americano aposta no protecionismo para reindustrializar os Estados Unidos.
Mas os números exorbitantes que ele utiliza são, segundo especialistas, difíceis de verificar, pois misturam projetos de investimentos concretos, anúncios anteriores ao seu retorno ao poder em janeiro e promessas de longo prazo mais ou menos vagas.
Uma pesquisa da Morning Consult/The Century Foundation, divulgada em 31 de julho, mostra que 83% dos americanos estão preocupados com os preços dos alimentos e 48% teriam dificuldades em cobrir uma despesa inesperada de US$ 500 (R$ 2.750), como uma conta médica ou um reparo urgente.
Na mesma pesquisa, 61% dos entrevistados acreditam que as decisões de Trump tiveram um impacto negativo no custo de vida e 76% estão preocupados com uma possível recessão.
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