A gigante de informática Apple apresentou nesta quinta-feira (5) novas ferramentas destinadas a detectar imagens sexuais de crianças armazenadas em seu servidor, iCloud, e eventualmente reportá-las às autoridades.

“Queremos ajudar a proteger as crianças dos predadores que usam ferramentas de comunicação para recrutá-las e explorá-las, e limitar a difusão de pornografia infantil”, disse o grupo em sua página.

A empresa usará ferramentas criptografadas que analisem e vinculem imagens que considerarem suspeitas com um número específico para cada uma.

Também planeja comparar as fotos armazenadas no iCloud com as guardadas em um arquivo administrado pelo Centro Nacional de Crianças Desaparecidas e Exploradas (NCMEC), uma corporação privada americana que trabalha para reduzir a exploração sexual infantil. A Apple assegura que não tem acesso direto às imagens.

Quando uma foto se parecer com alguma do arquivo, a Apple a revisará manualmente, desabilitará a conta do usuário se necessário e enviará um relatório ao NCMEC.

O grupo também planeja novas ferramentas para prevenir crianças e pais que tenham uma conta para “Compartilhar em família” (Family Sharing) quando fotos explícitas lhes forem enviadas ao aplicativo de mensagens.

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As fotos ficarão embaçadas e o menor receberá mensagens preventivas como advertência de que não é obrigado a abri-las.

Os pais podem optar por receber uma mensagem quando o filho abrir as fotos. Serão implementadas proteções similares para crianças que enviarem fotos sexualmente explícitas.

O grupo também incrementará a informação de prevenção difundida pela assistente de voz Siri quando as crianças ou os pais pedirem conselhos sobre situações determinadas.

A Siri e o Search também podem intervir quando os usuários buscarem imagens de pornografia infantil, advertindo-lhes que o conteúdo é problemático.

Estas ferramentas estarão disponíveis gradativamente com as próximas atualizações dos sistemas operacionais no iPhone, iPad, iWatch e iMac.


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