Pressionado pelos maus resultados anteriores e, principalmente, pelas atuações ruins, o técnico Vanderlei Luxemburgo comemorou a primeira vitória do Palmeiras no Campeonato Brasileiro nesta quarta-feira. Depois do triunfo sobre o Athletico-PR por 1 a 0, o treinador disse que respeita as críticas e assegurou que está acostumado com as cobranças.

“A gente estava com dois empates, o pessoal vinha falando muitas coisas. A gente respeita, tem alguns que perseguem e aproveitam uma situação para te execrar, falar bobagem. E tem os palmeirenses que são assim mesmo, ganha hoje, amanhã perde e já vem cobrança. O Palmeiras é assim, conheço há anos e não vai mudar”, salientou em entrevista após a partida.

Com o triunfo em Curitiba, assegurado com gol de Raphael Veiga nos acréscimos, o Palmeiras encerrou uma sequência de quatro empates seguidos, considerando também os jogos do Campeonato Paulista, e conseguiu a primeira vitória sobre um rival da elite do futebol nacional nesta temporada, contra os quais tinha apenas 25% de aproveitamento.

Depois de conquistar o Estadual, Luxemburgo prometeu que seu time apresentaria um futebol mais ofensivo no Brasileirão, o que, porém, não aconteceu. Ele justificou o desempenho pobre, com pouco repertório e grande dificuldade na armação das jogadas, pelo pouco tempo disponível para treino, mas novamente assegurou que fará mudanças.

“Para ganhar o Campeonato Paulista o time teve que jogar mais fechado, feio. Agora foram dois jogos e não tempo para você treinar”, justificou. “Mas agora é hora de mudar e eu vou dar oportunidade para o Lucas Lima, Raphael Veiga, daqui a pouco volta o Gabriel Verón. Cabem a eles mostrar capacidade”, acrescentou.

Luxemburgo armou o time com três volantes em todas as últimas partidas. Mas só dois deles – contra o Athletico-PR foram Patrick de Paula e Bruno Henrique – fazem a função, já que Gabriel Menino tem jogado aberto pelo lado direito, fora de sua posição. O jovem vem se destacando menos improvisado na direita. No entanto, para o treinador a estratégia tem dado resultado do ponto de vista tático.

“Hoje ele foi fundamental taticamente. O Abner sobe bastante e o Vitinho puxa por aquele lado. Era importante o Menino estar ali, para dar uma proteção ao Marcos Rocha”, explicou o comandante. “E ele (Marcos Rocha) não apoiou como nas outras vezes, talvez tenha feito a melhor partida defensivamente. A jogada mais aguda era com o Vitinho. Não teve quem comprometesse. Os jogadores estavam concentrados para o jogo de hoje”, emendou.