Apesar da vitória por 3 a 0 sobre o Internacional e da liderança do Brasileirão, o técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, demonstrou incômodo e irritação durante a entrevista coletiva pós-jogo e indicou até que poderia deixar o clube paulista ao fim do ano, antes do fim do seu contrato, que vai até dezembro de 2024.

“Estou de saco cheio destes jogos seguidos, viagens seguidas, marcam os jogos, mudam os jogos, o campeonato acaba no dia 3, depois mudam para acabar no dia 7”, reclamou o treinador português. “É muito jogo seguido, é muita conferência de imprensa seguida, é muita viagem. É chegar ao CT às 4h da manhã, é decidir se vou para casa dormir com minha família ou se fico no CT. Eu não quero isso para mim.”

A irritação do treinador contrasta com a situação vivida pelo Palmeiras no Brasileirão. A vitória por 3 a 0, na noite deste sábado, deixa o time paulista na liderança provisória da tabela, três pontos à frente do Botafogo, que jogará no domingo contra o Red Bull Bragantino, fora de casa.

Na reta final da entrevista, Abel disse que estava se segurando para falar sobre um assunto específico e desconversou. Momentos depois, repetiu que estava de “saco cheio” da rotina atual no comando do Palmeiras. E, ao ser questionado sobre o futuro, desconversou: “Tenho que esperar para ver”, declarou. “Faltam quatro jogos.”

Ao ser questionado sobre a declaração, mudou de assunto novamente. “Agora temos 15 dias, uma semana para ficar tranquilos”, disse, em referência à pausa no Brasileirão após domingo por causa da última Data Fifa do ano.

Ele também demonstrou incômodo por ter jogado longe do Allianz Parque, apesar do mando de campo ter sido do Palmeiras. O estádio palmeirense foi reservado para shows nos próximos dias. “Um time que luta para ser campeão como o Palmeiras merece um estádio cheio. Nem no nosso estádio estamos. Se nos exigem vitórias e títulos, então eu também exijo”, reclamou.

“O que eu quero sempre é jogar no Allianz Parque, a nossa casa. É onde me sinto à vontade. Não me interessa quem vai resolver isso, se é a diretoria ou a WTorre, isso não é problema meu, o que importa para mim é jogar no Allianz Parque. Se vamos ganhar ou perder, não sei. Lá é a nossa casa”, afirmou.