WASHINGTON, 3 MAI (ANSA) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu nesta quarta-feira (3) o líder da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e se mostrou otimista com a paz entre palestinos e israelenses no Oriente Médio.   

Ao lado do presidente palestino, Trump disse estar “convicto” de que um acordo de paz entre os dois lados será obtido, mas ressaltou que “ninguém pode impor” uma vontade sobre o outro.   

Por isso, ele afirmou que os norte-americanos atuarão como mediadores e que acredita que o acordo de paz “não é tão difícil” como as pessoas pensam.   

Além disso, o líder norte-americano ressaltou que “se surpreendeu” como trabalham bem os líderes da Palestina e de Israel, mas que é preciso que os dois lados parem de incitar a violência de grupos extremistas e que realizam ataques.   

Por sua vez, Abbas destacou que os palestinos mantém suas posições adotadas desde 1967 e que a solução dos dois Estados “é a única” possível para alcançar a paz, já que a Palestina reconhece o direito de Israel de ter seu Estado.   

Apesar de não ter mencionado o termo, Trump havia dito – quando recebeu o líder israelense Benjamin Netanyahu – que “não importava” se a paz fosse atingida com um ou dois Estados, em uma postura que irritou Abbas. Para tentar esclarecer a situação, a embaixadora norte-americana nas Nações Unidas, Nikki Haley, afirmou que defendia a causa dos dois países e que não havia mudança na postura dos EUA.   

No entanto, Abbas alçou o tom e pediu para que Israel pare de construir assentamentos em áreas palestinas, como ocorre com muita frequência desde que Trump assumiu o poder e se mostrou mais próximo a Netanyahu do que seu antecessor, Barack Obama.   

Destacando que acredita que os dois governos irão conseguir resolver a questão dos imigrantes presos na fronteira, Abbas ainda elogiou a postura do novo presidente norte-americano e disse que vê “novas oportunidades de paz” em sua administração.   

– Embaixada em Jerusalém: Apesar do assunto não ter sido mencionado na declaração conjunta dos dois presidentes, a provável mudança da embaixada norte-americana – de Tel Aviv para Jerusalém – voltou à pauta dos jornais norte-americanos.   

Isso porque, o vice-presidente, Mike Pence, afirmou que Trump “está considerando seriamente a mudança da embaixada”, o que deve causar protestos dos palestinos. A área onde a estrutura poderá ser instalada é alvo de uma disputa histórica entre os dois lados do conflito e pode acirrar ainda mais os ânimos. (ANSA)