SÃO PAULO, 11 JUL (ANSA) – Após o terceiro episódio de tremores em público, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, passou a ser cobrada a prestar esclarecimentos sobre seu estado de saúde. Aos 64 anos de idade, Merkel foi vista com tremedeiras nos braços e nas pernas em três eventos oficiais nas últimas semanas. A chanceler e seu porta-voz, porém, garantem que não há nenhum risco e que Merkel continuará com sua agenda e compromissos. “Estou resolvendo o que aconteceu. Esse processo, claramente, não está finalizado, mas há progresso e eu terei de viver com isso por um tempo. Mas estou muito bem e vocês não precisam se preocupar comigo”, garantiu a chanceler, sem dar detalhes de qual seria o problema. Na primeira vez que Merkel apresentou tremores, a imprensa alemã até colocou panos quentes e questionou o limite entre interesse público e vida privada da chanceler.   

No entanto, o último episódio de tremores, ocorrido ontem (10), levou o jornal “Bild” a defender, em um editorial com o título “Até quando, senhora chanceler?”, a saída de Merkel do governo.   

“Angela Merkel já perdeu a ocasião de deixar [o poder] no momento mais adequado. O tremor incontrolável é uma feia metáfora”, pontuou o texto, assinado pelo vice-diretor do jornal, Nikolaus Blome, autor de uma biografia da chanceler. Já o jornal “Der Tagesspiegel” ressaltou que Merkel “sabe que tem que dizer mais”. “Mais do que ela está bem e ninguém precisa se preocupar com sua saúde”, escreveu. “Saúde é assunto privado de um chefe de Governo, mas apenas até certo ponto”, alegou o diário “Süddeutsche Zeitung”. Há 14 anos à frente do governo da Alemanha e na liderança da Europa, Merkel é considerada uma das pessoas mais poderosas do mundo. (ANSA)


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