Acostumado a brigar pela pole position, Louis Hamilton está satisfeito com a segunda colocação conquistada no grid do GP do Azerbaijão, em Baku. Depois de voltas desanimadoras durante os treinos livres, com muitas reclamações a respeito da falta de aderência dos pneus do W12 da Mercedes, o piloto inglês surpreendeu durante a disputa do Q3 e terminou a bateria com uma diferença de 0s232 para Charles Leclerc, que vai largar em primeiro no domingo, com sua Ferrari.

“É loucura fazer esses pneus funcionarem, o maior desafio que tivemos nos últimos tempos, de entender o carro. O carro não tem estado bom no fim de semana, então tem sido meio desastroso para a gente. Estar no topo, e até o Bottas no Top 10, é um salto enorme que só um time incrível poderia dar”, avaliou o piloto, citando o companheiro de equipe, que também sofreu com o carro e vai largar em décimo.

De acordo com Hamilton, as horas que antecederam os treinos classificatórios deste sábado foram de muito trabalho para conseguir se adaptar diante das adversidades. “Fizemos tantas mudanças nesses dois últimos dias. Estávamos tipo cachorro perseguindo o próprio rabo. Mas o trabalho à noite funcionou. Estou orgulhoso pelo time sempre ter se mantido positivo”, comentou.

Apesar dos problemas no carro, o piloto da Mercedes confia que isso não vai atrapalhar a competitividade da equipe durante a corrida. Otimista, ele não dá chance para uma nova frustração como a que ocorreu em Mônaco, onde terminou apenas em sétimo lugar.

“Nosso ritmo de corrida é bem melhor do que o de volta rápida. Estávamos muito distantes do pessoal da frente no ritmo de uma volta rápida, mas bem mais perto em ritmo de corrida. Não sabemos o porquê, mas torço para que isso signifique que amanhã possamos brigar com RBR e Ferrari”, disse.

O alívio de Hamilton é seguido pela frustração de Max Verstappen, que vai largar em terceiro e não gostou muito da colocação. O piloto da Red Bull lamentou a quebra no ritmo da disputa em razão das três batidas que exigiram bandeiradas vermelhas durante as baterias, inclusive no Q3.

“É claro que não estou muito feliz, pois estava muito confiante de que poderíamos lutar pela pole aqui, já que nos sentimos bem ao longo do fim de semana, mas a qualificação foi muito complicada com todas as bandeiras vermelhas e aquela no final Q3 nos impediu de melhorar. É o que é, e é lamentável, mas é um circuito de rua rápido, com boas possibilidades de ultrapassagens. Claro que eu gostaria de começar mais à frente, mas P3 não é tão ruim”, ponderou.

Com o pódio formado por Leclerc, Hamilton e Verstappen, o GP do Azerbaijão tem início marcado para as 9 horas deste domingo, na capital Baku.