O meia Willian poderá retomar os treinos pelo Corinthians nesta quarta-feira (15). De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pessoas que chegam da Inglaterra, África do Sul e Índia precisam cumprir 14 dias corridos de quarentena a partir da data de chegada ao Brasil.

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“Esse prazo está descrito no Termo de Controle Sanitário de Viajante (TCSV) que é assinado e recebido por cada viajante enquadrado nesta situação”, informou a Anvisa por meio de nota. Os três países estão na lista vermelha do Brasil para o controle da circulação das variantes do coronavírus.

O jogador desembarcou no Brasil no dia primeiro de setembro. Ele foi apresentado no clube, participou da comemoração de aniversário do Corinthians em uma live e nos dias seguintes treinou com o restante do elenco normalmente.

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Na véspera da estreia oficial, a Anvisa comunicou à CBF e ao Corinthians que Willian não poderia entrar em campo por causa da quarentena. Segundo a Agência, o jogador e o clube sabiam desde o início da necessidade de quarentena e podem ser punidos. “Pode haver responsabilização civil, administrativa e penal.”

Na coletiva de imprensa depois do jogo contra o Atlético-GO, o técnico Sylvinho evitou o assunto. “O Willian treinou como todos os demais atletas treinam, preparamos todos eles para o jogo”, comentou.

Por meio de nota, o Corinthians disse respeitar todas as normas sanitárias, mas cobrou as autoridades por causa do “tratamento desigual” recebido no caso. O Flamengo pôde escalar Andreas Pereira, também contratado do futebol inglês, diante do Santos. O reforço até fez gol naquela partida após sair da reserva.

O Corinthians esperava que a Anvisa tivesse tomado a decisão antes. Willian está no Brasil desde o dia 1° de setembro e a notificação só veio após ele ter participado de toda a preparação para o jogo. “O Corinthians se reserva o direito de protestar quanto ao tratamento desigual dispensado pelo órgão, conforme reconhecido pela própria Agência nos últimos parágrafos do comunicado sobre o atleta Willian, emitido no sábado.”

Sobre o tratamento desigual, a Anvisa justificou: “Considerando o ingresso no território brasileiro (de Andreas Pereira) em 20/08, o prazo de quarentena e observação de surgimento de possíveis sintomas (14 dias) já estaria ultrapassado, portanto, não haveria mais restrições ao deslocamento. Isso não impede, entretanto, a responsabilização por descumprimentos que possam ter ocorrido durante o período de quarentena.”


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