ROMA, 24 DEZ (ANSA) – O treinador Juan Carlos Ferrero, que rompeu recentemente com o tenista número 1 do mundo, Carlos Alcaraz, não descartou a hipótese de um dia trabalhar com o principal adversário do espanhol, o italiano Jannik Sinner, segundo colocado no ranking.
Em entrevista ao jornal esportivo Marca, Ferrero disse que ainda é cedo para analisar eventuais propostas, mas não fechou as portas para a possibilidade de reforçar a equipe de Sinner, em meio às incertezas sobre a permanência do técnico australiano Darren Cahill, que já manifestou desejo de se aposentar.
“Seria algo em que teria que pensar. São jogadores extraordinários, mas, como eu falei antes, não é o momento de pensar em algo assim e de dizer que sim ou que não. Agora é o momento de passar essa etapa difícil, porque ainda penso todos os dias em Carlos”, afirmou Ferrero ao ser questionado se aceitaria uma proposta do italiano.
“Preciso de dois ou três meses tranquilos para que a dor passe. A partir daí, se chegarem outras possibilidades, vamos analisá-las. No fim das contas, são quase oito anos sem parar e muito tempo fora de casa”, acrescentou o treinador que ajudou a transformar Alcaraz em um dos tenistas mais precoces da história e vencedor de seis Grand Slams com apenas 22 anos de idade.
Na entrevista, Ferrero também deu a entender que gostaria de ter continuado como técnico do espanhol e que a ruptura inesperada ocorreu por divergências contratuais. “A equipe do Carlos pensa no que é melhor para ele, e eu penso no que é melhor para mim. Houve algumas questões em que não concordamos.
Talvez pudessem ter sido resolvidas se tivéssemos nos sentado para conversar, mas, no fim das contas, não nos sentamos e decidimos não continuar. Foi isso que aconteceu”, explicou.
Segundo Ferrero, não houve nenhuma briga com Alcaraz durante a temporada, talvez a melhor da carreira do tenista, e a ideia era manter o trabalho para 2026. “Então aconteceu o que aconteceu, e separamos nossos caminhos, mas, a princípio, o plano era seguir”, salientou.
Apesar disso, o treinador não descartou a hipótese de um dia voltar a trabalhar com Alcaraz. “Com a relação que tivemos, fechar a porta definitivamente não seria lógico. Eu desejo a Carlos o melhor e acredito que ele pode se tornar o melhor tenista da história”, disse. (ANSA).